
Equipamento com reconhecimento facial e alarme foi instalado na praça Nicolau Scarpa (perto do Mercado Municipal) pela Prefeitura. Foto: Michelle Alves/Secom PMS
O estudante universitário Gabriel Cerqueira Gonçalves protocolou on-line uma manifestação no Ministério Público de São Paulo (MPSP) no sábado, dia 20, para que a Prefeitura de Sorocaba seja obrigada a tomar providências em relação ao totem instalado na praça Comendador Nicolau Scarpa, no Centro.
O totem foi instalado pela Prefeitura na quinta-feira, dia 18, para videomonitoramento 360 graus no endereço, conhecido pela Praça do Relógio (ao lado do Mercado Municipal).
“Na sexta-feira, às 16h16m, ao me aproximar do relógio para tirar fotos das placas de bronze do monumento, a título de registro pessoal e como forma de documentação histórica, o sistema de vigilância foi acionado e falou em voz alta para toda a população que eu estava destruindo o patrimônio público, bem como que a minha imagem estava sendo registrada naquele momento. Este tipo de vigilância artificial é perigoso, ultrajante e inaceitável”, destaca Cerqueira na representação ao MPSP.
Ele reivindica que secretários municipais e o prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) prestem esclarecimentos sobre as motivações para a instalação do totem. Além disso, “que haja a prestação de contas pública e o detalhamento do projeto do totem (arquivo do projeto concebido pelo Parque Tecnológico; valor para implantação”.
Para evitar que outras situações vexaminosas ocorram, Cerqueira solicita também que seja acolhido o pedido para a remoção imediata do totem da região central de Sorocaba, além de que seja vetada a instalação futura de novos totens de igual teor ao que está em operação atualmente.
Como envolvidos na representação Cerqueira cita, além do prefeito, o presidente do PTS, Nelson Cancellara, os secretários municipais da Sesu, Alexandre Caixeiro e o de Mobilidade (Semob), Carlos Eduardo Paschoini.
Conforme anuncia da Prefeitura no dia da instalação, “o novo equipamento, desenvolvido por uma empresa especializada em totens de segurança, permanecerá no local, em caráter piloto, pelo prazo de 90 dias, sem qualquer custo à Administração Pública”, para que sejam feitos testes e provas de conceito da nova tecnologia.