O temporal que desabou sobre Sorocaba, na tarde desta sexta-feira (10), instalou o caos na cidade, trazendo alagamentos e prejuízos à população. Neste momento, início da noite, a Avenida Dom Aguirre está interditada e outras vias importantes também estão intransitáveis, como as avenidas Pereira Inácio, Armando Pannunzio, Ipanema e Itavuvu.
A Escola Estadual Antônio Padilha, no Centro, foi invadida pela água e também há registros de alagamentos em casas no Jardim Juliana, zona norte. O Terminal Santo Antônio também alagou, situação que se estendeu por um bom trecho da Avenida Doutor Afonso Vergueiro, sobretudo na região da Praça da Bandeira.
Na Marginal, embaixo da Ponte Francisco Dell’Osso, uma mulher foi surpreendida pela enchente e ficou presa em cima do carro. Ela foi resgatada por agentes da Guarda Civil Municipal. Desde Santa Rosália até a região central, não dá para distinguir a Avenida Dom Aguirre do Rio Sorocaba.
No bairro Mineirão, a Rua Antero José da Rosa também foi tomada por um córrego que passa pelo local. Há carros boiando nos alagamentos em vários pontos da cidade, como na Avenida Pereira da Silva, em Santa Rosália, e na própria Marginal.
A Rua Professor José Odin de Arruda, no Jardim Faculdade, próxima da redação do Portal Porque, também inundou. A via fica nos arredores do Rio Sorocaba e se tornou um símbolo das enchentes que assolam o município desde o início de janeiro.
Até a publicação desta reportagem, a Prefeitura de Sorocaba não havia se manifestado sobre os estragos causados pela chuva. No momento do temporal, o prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) transmitia uma live do Jardim Santo André, onde entregava a “revitalização” de uma praça.
Sem dinheiro
Segundo denúncia da vereadora Fernanda Garcia (PSol), o prefeito Manga reduziu em mais de 12 vezes o orçamento deste ano da Defesa Civil Municipal, responsável por socorrer as pessoas vítimas de calamidades como a desta tarde.
De acordo com os números levantados pela vereadora, a Defesa Civil de Sorocaba teve, no ano passado, um orçamento de R$ 130 mil. Para este ano, o Governo Manga reduziu o orçamento para R$ 10,8 mil, o que dá, exatamente, R$ 900 por mês.
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