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Sorocaba atinge o pior índice de gestão ambiental e decai na avaliação do Estado

Maíra Fernandes (Portal Porque)

O programa avalia as políticas públicas voltadas ao meio ambiente e a participação é requisito para recebimento de recursos (Foto: Secom/Sorocaba)

Sorocaba teve uma queda abrupta em um dos programas estaduais no qual sempre obteve êxito, ao passar de 11º (em 2020) para 73º lugar no ranking do Município VerdeAzul 2021 (PMVA). O programa avalia a existência e eficácia de ações e estratégias públicas para o desenvolvimento sustentável do município. Nos anos iniciais da década de 2010, Sorocaba obteve seus melhores índices, figurando sempre nas primeiras colocações do ranking.

O PORQUE teve acesso ao ranking na quarta-feira, 24, na página do programa. No entanto, nesta quinta-feira, 25, até a veiculação desta matéria, os dados referentes ao ano de 2021 não estavam mais disponíveis para a consulta. No ano passado, após a publicação, Sorocaba foi um dos municípios que entraram com pedido de recurso ao Governo de São Paulo, solicitando a revisão da pontuação e, consequentemente, da posição da cidade.

Neste último ranking, divulgado nesta semana pelo Governo do Estado de São Paulo, Sorocaba ficou atrás até de cidade de porte superior, como Campinas, que tem mais de um milhão de habitantes e se classificou na 50ª posição. Outras cidades de porte médio, com mais de 200 mil habitantes, também ficaram na frente de Sorocaba, como São José do Rio Preto, Araraquara, Bauru e Presidente Prudente.

Falta interesse político

 Das dez diretivas norteadoras — cujos temas estratégicos são: Esgoto Tratado, Resíduos Sólidos, Biodiversidade, Arborização Urbana, Educação Ambiental, Cidade Sustentável, Gestão das Águas, Qualidade do Ar, Estrutura Ambiental e Conselho Ambiental –, Sorocaba só se destacou no quesito Conselho Ambiental, com pontuação de 9,8; a pior nota foi para Município Sustentável, cuja pontuação atingiu 6,17. Outros quesitos que jogaram a cidade para baixo da lista foram Qualidade do ar, Uso do Solo, Biodiversidade, Gestão de Águas e Arborização Urbana.

Para o vice-presidente do Conselho Municipal do Meio Ambiente (Comdema), Eduardo Roberto Abdala Santos, a pontuação negativa pode ser resultado da falta de interesse do município em implantar políticas públicas efetivas de meio ambiente, como o Corredor Ecológico, proposto pelo conselho, bem como outras ações de prevenção e preservação das áreas verdes que correm risco de serem loteadas, além de falta de comprometimento com instrumentos já existentes, como o Parque da Biodiversidade. Para ele, essas práticas poderiam refletir positivamente na pontuação do município.

Vale ressaltar que o principal objetivo do PMVA é estimular e auxiliar as prefeituras paulistas na elaboração e execução de suas políticas públicas estratégicas para o desenvolvimento sustentável, e a participação do município no programa é um dos critérios de avaliação para a liberação de recursos do Fundo Estadual de Controle da Poluição (Fecop).

 

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