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Secundaristas protestam no Centro e defendem a revogação do Novo Ensino Médio

Movimento estudantil é contra novas diretrizes que mudaram as disciplinas e têm provocado redução dos alunos em sala de aula

Fernanda Ikedo (Portal Porque)

Manifestação na praça seguida de passeata reuniu estudantes de diversas escolas, além de lideranças políticas e da Apeoesp. Foto: Fernanda Ikedo

Estudantes de escolas estaduais de Sorocaba promoveram ato pedindo a revogação do NEM (Novo Ensino Médio), aprovado no governo do ex-presidente Michel Temer, em 2017.

De acordo com representantes e líderes de grêmios estudantis, as mobilizações que ocorrem em todo o país e plenárias públicas são para solicitar ao governo Lula que revogue o NEM.

O estudante do terceiro ano do ensino médio da EE Joaquim Izidoro Marins, André Josué Fontes do Carmo, falou ao megafone como representante da UPES (União Paulista dos Estudantes Secundaristas). “Os estudantes do terceiro ano que estão aqui na praça estão lutando também pelos que estão no ensino fundamental. Essa é a luta de todos os estudantes.”

André e outros estudantes reforçaram que não querem aprender “como se enrola um brigadeiro e sim aprender história e outras matérias”.

Eles garantem que deram início a um novo tsunami da Educação, referindo-se aos atos em protesto aos cortes de recursos para o setor, promovidos pelo governo Bolsonaro.

A concentração começou na praça Coronel Fernando Prestes e teve passeata até a Praça da Bandeira. O presidente do Grêmio estudantil da EE Prof. Ezequiel Machado, João Vitor, reclama que tem aula de observatório de redes sociais “para preencher umas fichas ao invés de aulas de história e geografia”.

A estudante Yasmin de Brito, da escola EE Evilazio de Góes Vieira, comenta que os itinerários do Novo Ensino Médio em nada contribuem com conteúdo para o vestibular.

As vereadoras Fernanda Garcia (Psol) e Iara Bernardi (PT) deram apoio aos estudantes, assim como a coordenadora da Apeoesp de Sorocaba, Paula Penha.

Ex-representante do MEC (Ministério da Educação) em São Paulo, nos anos de 2007 a 2010, a vereadora Iara Bernardi afirma que o presidente Lula solicitou plenárias aos movimentos estudantis sobre o tema. “É muito preocupante que uma escola estadual como a Prof. Julio Bierrenbach Lima, por exemplo, tenha diminuído tanto o número de estudantes no ensino médio, de 1.200 para 600, depois da implantação desse Novo Ensino Médio”, ressalta.

Na capital, a manifestação ocorreu na manhã desta quarta-feira na avenida Paulista. Em todo o país, pelo menos 50 atos foram realizados contra a política educacional do governo do ex-presidente Michel Temer.

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