Objetivo da mãe de Carrara é vender o imóvel para comprar um apartamento e ‘livrar-se de uma vez por todas do aluguel’. O único impedimento, no entanto, é o bloqueio dos bens do filho pela Justiça. Foto: Divulgação/Prefeitura de Sorocaba
Os problemas do secretário de Educação de Sorocaba, Márcio Bortolli Carrara, com a justiça têm afetado a própria mãe. Por conta do bloqueio dos bens do filho, na ação que investiga a compra do kit robótica, Marilene Bortolli Carrara não consegue vender uma casa da família.
Márcio Carrara tem direito a 8,33% de herança sobre o imóvel e isso impede que a venda seja concretizada, pois a juíza Karina Jemengovac Perez, da Vara da Fazenda Pública de Sorocaba, bloqueou os bens dele a pedido do Ministério Público.
O bloqueio é decorrente da investigação por suspeita de superfaturamento na compra do kit de robótica. A decisão da Justiça tem o objetivo de garantir a devolução de cerca de R$ 26 milhões aos cofres públicos, caso sejam comprovadas irregularidades na aquisição dos produtos.
Já Marilene, acionou o Poder Judiciário para tentar liberar a venda da casa. No pedido, alega que, aos 72 anos, precisa de cuidados médicos e medicamentos e que paga aluguel. Ela vive, segundo a ação, da pensão do marido, com pouco mais de R$ 3 mil por mês.
O objetivo da viúva é vender o imóvel para comprar um apartamento e “livrar-se de uma vez por todas do aluguel”. O único impedimento, no entanto, é o bloqueio dos bens do filho pela Justiça.
Além dos bens bloqueados, Carrara está afastado do cargo de secretário de Educação de Sorocaba. Ele já teve três pedidos negados pela justiça para retornar ao posto. O último aconteceu no final do mês passado, quando O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) negou essa possiblidade.
O prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) não exonerou o amigo e, por isso, Carrara continua recebendo cerca de R$ 17 mil dos cofres públicos.
Manga no mesmo barco
O prefeito Manga também está com bens bloqueados na mesma ação. Em julho deste ano, o chefe do executivo tentou pela segunda vez o fim do bloqueio. No pedido, o prefeito alegou que não pode ser responsabilizado pelo caso porque “apenas assinou o contrato” da compra do kit de robótica.
