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Reverendo Matheus Benevenuto Júnior, da Igreja Presbiteriana, falece aos 92 anos

Presbítero faleceu no domingo (23), aos 92 anos, deixando legado de ações pela humanidade

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Matheus Benevenuto Junior foi pastor da Igreja Presbiteriana por 42 anos, destacando-se pelo ecumenismo e pela proximidade das causas sociais, Foto: Reprodução

Faleceu no domingo (23), em Sorocaba, o reverendo Matheus Benevenuto Júnior, aos 92 anos de idade. Viúvo de Zilá Bisarro Rodrigues Alves Benevenuto, deixa os filhos Noemi, Luiz, Zilma e Andreia, cinco netos e três bisnetos. O corpo de Benevenuto está sendo velado, nesta segunda-feira (24), no salão principal da Igreja Presbiteriana de Sorocaba, à rua Santa Clara, 145, no Centro. Às 14h30, será a cerimônia de despedida e, em seguida, às 15h30, o cortejo segue para o Cemitério Memorial Park, onde recebe as últimas homenagens e será sepultado.

O jornalista Celso Fontão Jr, que conheceu Benevenuto na adolescência, escreveu sobre a trajetória do reverendo Matheus Benevenuto Júnior na vida cristã. Nascido em 1931, em Rio Claro, Benevenuto começou sua vida religiosa em 1952, no Seminário Presbiteriano de Campinas, até o ano de 1956, onde teve como professor o missionário norte-americano Richard Schaull.

Viveu e se envolveu com o período dos movimentos embrionários da Teologia da Libertação, como o projeto da Vila Anastácio, em São Paulo, morando na comunidade operária. Teve como companheiro nessa jornada o então seminarista Rubem Alves, que se destacaria posteriormente como psicanalista e educador.

Veio para Sorocaba em dezembro de 1958, a convite do então presidente do Conselho da Igreja Presbiteriana de Sorocaba, Paulo Breda Filho, para assumir um pastoreado, que perdurou por 42 anos, recebendo o título de pastor emérito. Em meados dos anos de 1960, recepcionou, na Igreja Presbiteriana de Sorocaba, dom José Melhado Campos, vindo de Lorena para atuar na Diocese de Sorocaba, num ato declarado de ecumenismo.

O encontro não ocorreu no templo da rua Santa Clara, face a proibição da prática oficial de uma atividade ecumênica, mas no salão social da Igreja. “E saborearam um bolo feito pela minha vó, Orminda de Campos, que trazia como adorno as palavras do salmista: Óh! quão bom e quão suave que os irmãos vivam em união”, relata o jornalista.

Benevenuto fez parte de diversas instituições da cidade como a Maçonaria, Grupo de Escoteiros Baltazar Fernandes, Rotary Club, Associação Cristã de Moços (ACM) e Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba. Lutou pela construção do novo Hospital Evangélico de Sorocaba. “Ele foi sal da terra e luz do mundo”, finalizou Celso Fontão Jr.

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