
Projetos em escolas públicas – que envolvem áreas como cultura, esporte e ciência – não só estimulam a aprendizagem, como também são capazes de transformar a realidade e, até mesmo, “salvar a vida” de crianças e adolescentes em vulnerabilidade social. É o que garante o professor e cientista Fábio de Lima, diretor-presidente do Programa Futuro Cientista (PFC), iniciativa do campus Sorocaba da UFSCar. “Esse é o maior objetivo do nosso programa: transformar a forma de um aluno ver as suas possibilidades”, afirma Fábio. Ele foi um dos participantes da edição desta quarta-feira (8) do Porque Sem Filtro, o webjornal do Portal Porque.
Além do professor, também participaram da transmissão ao vivo a estudante e diretora executiva do PFC, Lorena Alves, e o estudante e diretor administrativo, Wilson José de Oliveira Filho. Durante o programa, os entrevistados contaram como surgiu o Programa Futuro Cientista, explicaram quais são as atividades práticas desenvolvidas com os estudantes e, ainda, compartilharam casos marcantes de crianças que passaram pela iniciativa.
Wilson, que é estudante de administração em uma faculdade particular, participou do PFC em 2016, durante uma ação em Iperó. Ele conta que, se não fosse pela iniciativa, não teria conseguido acessar o ensino superior. “Esse programa é a minha vida, eu quero transformar a vida de outros alunos também, porque isso é muito importante para a sociedade”, ressalta.
Atualmente, o Programa Futuro Cientista conta com 600 estudantes que estão matriculados em 30 escolas públicas no interior de São Paulo, nas cidades de Coronel Macedo, Rio Claro, Salto, São Roque e Tatuí. A partir de março, Sorocaba também deve contar com a iniciativa.
No PFC, os alunos desenvolvem projetos, por meio de um clube de ciências, que recebem a tutela de um supervisor educacional, semanalmente, durante o ano escolar. Além disso, têm a oportunidade de participar do clube de leitura, em que leem obras em conjunto e escrevem redações para, ao final das atividades, participarem de um concurso de escrita.
“O nosso foco é tanto formar um futuro cientista, como o próprio nome já diz, mas também um cidadão, que ele consiga almejar a sua carreira e ingressar nela por meio do vestibular”, conclui Lorena Alves.
Confira a íntegra do bate-papo (a partir de 5min15s):