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Porque inicia hoje série sobre denúncia de superfaturamento no prédio da Sedu

Escândalo foi revelado em primeira mão pelo Portal Porque, em julho. Caso foi parar na Justiça, que transformou em réus dois membros do primeiro escalão do prefeito Rodrigo Manga (Republicanos)

Portal Porque

Escândalo atingiu em cheio o primeiro escalão do Governo Manga. Foto: Secom/PMS

No dia 21 de julho do ano passado, o Portal Porque revelava em primeira mão que o prédio no Campolim comprado pelo Governo Manga por R$ 30 milhões para abrigar a Secretaria da Educação havia sido anunciado por R$ 20 milhões por uma imobiliária de Sorocaba (leia aqui). Era o início do escândalo que transformou em réus dois membros do primeiro escalão do prefeito Rodrigo Manga (Republicanos), em processo que corre na 2ª Vara Criminal de Sorocaba (leia aqui).

Agora, o Porque teve acesso exclusivo à íntegra das investigações do Ministério Público e do processo e vai publicar os principais detalhes numa série de reportagem, a partir desta sexta, dia 17. A primeira matéria traz detalhes do depoimento dado pelo engenheiro da Prefeitura que assinou o laudo de avaliação do prédio com valor superfaturado em R$ 10,3 milhões. No depoimento, o servidor confessa que recebeu dinheiro do então secretário de Administração de Manga, Fausto Bossolo, para falsificar o laudo de avaliação (leia aqui).

O processo ao qual o Porque teve acesso tem 1.011 páginas e revela detalhes das investigações sobre a compra superfaturada da sede da Secretaria da Educação. Segundo a denúncia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público), os crimes teriam sido cometidos com o intuito de superfaturar em R$ 10,3 milhões o preço do prédio localizado na Rua Romeu do Nascimento, 247, Campolim, pertencente à AFF Empreendimentos Imobiliários e desapropriado pela Prefeitura de Sorocaba.

“É dos autos que o imóvel objeto de desapropriação fora avaliado pela importância de R$ 19.500.000,00 (dezenove milhões e quinhentos mil reais) por engenheira civil lotada no setor de avaliações e perícias do Município. Referido valor não atendia ao plano criminoso entabulado, pelo que entre os dias 12 e 19 de novembro de 2021, o denunciado Paulo Henrique Marcelo, então secretário de Planejamento, contatou o engenheiro civil Areobaldo Negreti, servidor público do Município de Sorocaba”, que recebeu uma propina de R$ 20 mil para falsificar o laudo, segundo a denúncia.

Neste momento, todos os réus, com exceção de Bossolo, já apresentaram suas defesas prévias. Bossolo tem 15 dias para apresentar a sua e arrolar testemunhas, a contar da data de hoje, dia 17, quando foi notificado. A partir daí, o MP volta a se manifestar sobre as defesas apresentadas e o processo fica à disposição para a Justiça dar sua sentença.

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