“O mercado de trabalho ainda exclui a população LGBTQIA+”. A afirmação parte do ativista Ronaldo Pires. Ele conversou com o jornalista Jônatas Rosa para o Episódio #4 do Porque Entrevista e, entre outras coisas, falou das dificuldades que essas pessoas têm para conquistar espaço no mercado de trabalho.
“Nós somos excelentes profissionais, mas não temos oportunidades de trabalho, principalmente os travestis, transexuais e também as gays afeminadas e pretas”, atesta.
Quando a população LGBTQIA+ conquista uma vaga de emprego, se depara com outros problemas: o preconceito e a discriminação. De acordo com um estudo do Center for Talent Innovation, 41% já sofreram discriminação no ambiente de trabalho.
Outro levantamento, este do Linkedin, aponta que 47% dos entrevistados tendem a sofrer problemas com a saúde mental. Os números da falta de oportunidades não param por aí. O Center for Talent Innovation revela também que 33% das empresas no Brasil não contratariam pessoas LGBTQIA+ para cargos de chefia.
Os números são altos em várias áreas:
• 33% das empresas do Brasil não contratariam para cargos de chefia pessoas LGBT;
• 41% dos funcionários LGBT afirmam terem sofrido algum tipo de discriminação em razão da sua orientação sexual ou identidade de gênero no ambiente de trabalho.
No caso das pessoas travestis e transexuais a situação é ainda pior. Dados da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) apontam que a principal fonte de renda desta parcela da população é a prostituição, chegando a 90%.
Para ampliar o debate sobre o assunto, a 16ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Sorocaba traz como tema “Democracia Sempre! Políticas de Emprego e Cidadania para LGBTQIA+”. A manifestação está marcada para este domingo (27), a partir das 13h na Praça Frei Baraúna, Centro.
OUÇA TAMBÉM:
