
Crime motivado por uma mudança na escala de trabalho ocorreu, em 15 de maio, dentro da 3ª Companhia da PM, localizada no Jardim Bom Retiro. Foto: V. Lenzi Jr./Jornal Taperá
O TJM (Tribunal de Justiça Militar) do Estado de São Paulo condenou a 45 anos de prisão o sargento Claudio Henrique Frare Gouveia. Ele matou a tiros de fuzil dois colegas de farda, em 15 de maio, no interior da 3ª Companhia da Polícia Militar de Salto, região de Sorocaba.
A sentença foi pronunciada, nesta quinta-feira (26), pelo juiz da 4ª auditoria do TJM, José Álvaro Machado Marques, após audiência por videoconferência direto do Presídio Militar Romão Gomes, em São Paulo, onde o réu se encontra preso desde a data do crime. O julgamento teve acusação da promotora Giovana Guerreiro, do Ministério Público Militar do Estado de São Paulo.
A audiência ouviu apenas o réu, pois as testemunhas de acusação deram depoimento em 29 de junho. Segundo os relatos, o sargento Gouveia entrou na base da PM armado com um fuzil e ordenou que todos se retirassem, se rancando em uma sala com o capitão Josias Justi da Conceição Júnior e com o também sargento Roberto Aparecido da Silva.
O capitão foi alvejado com nove disparos e o sargento recebeu outros quatro tiros. O crime aconteceu por volta das 9h. As vítimas ainda foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiram.
O atirador se entregou em seguida e, conforme o que as testemunhas teriam dito, o duplo homicídio foi motivado por uma mudança na escala de plantão.