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Polícia Civil de São Roque prende hacker que vendia dados para compras on-line

A operação teve início em 2021, quando as vítimas denunciaram o roubo de dados pessoais, utilizados para compras on-line, que eram entregues em endereços de desconhecidos

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O hacker também comercializava “packs” de cartões de crédito clonados e uma apostila ensinando a aplicar golpes cibernéticos. Foto: divulgação Deinter 7

A Polícia Civil de São Roque (Deinter 7) prendeu nesta segunda-feira (6) um hacker que roubava dados sigilosos de moradores da cidade para vendê-los a terceiros, que realizavam compras on-line no nome das vítimas. O investigado foi encontrado durante ação de campo da polícia judiciária nos municípios de Curitiba e Morretes (PR).

Denominada Black Hat, a operação teve início em 2021, após várias vítimas que tiveram seus dados pessoais roubados registrarem Boletins de Ocorrência denunciando compras on-line realizadas em seus nomes e entregues em outros endereços.

Durante a investigação, os policiais civis identificaram duas pessoas que receberam as compras. Na ação, foram apreendidos pares de tênis, cervejas, relógios, fone de ouvido, entre outros objetos. Os infratores confessaram que as compras on-line eram feitas com dados de pessoas desconhecidas, adquiridos de um hacker conhecido como “BL3ND3R”.

Os agentes conseguiram identificar e acompanhar rotina do hacker por aproximadamente um ano e meio, a qual envolvia a ostentação de uma vida luxuosa, com a namorada, nas redes sociais. O investigado também comercializava “packs” de cartões de crédito clonados e uma apostila ensinando a aplicar golpes cibernéticos.

Diante das provas coletadas, a autoridade policial representou pelos mandados de busca e apreensão domiciliar que foram deferidos pelo Poder Judiciário.

Deste modo, na última segunda-feira (6), policiais civis de São Roque, com apoio de policiais civis paranaenses, deram cumprimento às ordens judiciais. O hacker “BL3ND3R” foi preso e as equipes apreenderam dinheiro e diversos equipamentos.

As pessoas que compraram pela internet, com os dados obtidos com o hacker, não foram presas, mas deverão ser responsabilizadas por associação criminosa e furto qualificado por fraude com utilização de meio eletrônico.

Segundo o Deinter 7, as investigações prosseguem com o objetivo de identificar outros envolvidos com os crimes.

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