
Concessão da CBA para uso da Represa de Itupararanga na geração de energia se encerra em fevereiro de 2024. Foto: Renata Rocha/Portal Porque
Está nas mãos do Ministério de Minas e Energia a permanência da CBA como responsável pela Represa de Itupararanga e pela usina nela construída para a geração de energia de suas fábricas. Se não renovada, a concessão de 50 anos chega ao fim em fevereiro do ano que vem.
Questionada se irá solicitar a manutenção da concessão, a CBA respondeu que, desde janeiro deste ano, passou a utilizar também energia gerada de parques eólicos do Complexo Ventos do Piauí II e III, em Pernambuco e no Piauí e, dessa forma, atender a 100% da energia consumida pela empresa.
A CBA considera que a ampliação e diversificação da matriz de suprimento de energia resulta de planejamento, além da evolução do consumo que acompanha sua produção industrial, o término de concessões de hidrelétricas. “Em linha com essa estratégia de diversificação da matriz energética, a CBA tem estudado também outras opções de geração de fontes renováveis, como energia solar”, diz a nota.
A empresa reforça que, de acordo com a legislação, pelo período em que a concessão atual permanecer vigente, continuará responsável pela gestão da usina de Itupararanga, preservando suas boas condições de uso e de segurança. A CBA informou ainda que opera 17 hidrelétricas próprias e seis por meio de consórcio.
Em maio deste ano, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) recomendou a não renovação do contrato de concessão à CBA. De acordo com a recomendação, “a inviabilidade da prorrogação da concessão do empreendimento se dá em decorrência do evidente histórico de prorrogação da UHE Itupararanga, além de ela estar outorgada sob o regime de Autoprodução de Energia (APE), não interligada ao Sistema Interligado Nacional (SIN)”.
Ao longo de 50 anos de concessão, a CBA produziu energia utilizando a Itupararanga somente para uso em suas plantas fabris.
A diretoria da Aneel recomenda ao Ministério de Minas e Energia a não renovação do contrato de concessão para geração de energia produzida pela Usina Hidrelétrica de Itupararanga, no Rio Sorocaba, em Votorantim, e que termina em fevereiro de 2024, cabendo ao Ministério prosseguir as tratativas com a CBA.