
Dados mostram que trabalhadoras do sexo feminino ganham, em média, R$ 2.746, enquanto os homens recebem R$ 3.625. Foto: Divulgação
O salário das mulheres paulistanas é 24% menor quando comparado ao rendimento dos trabalhadores do sexo masculino, de acordo com um levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos). Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (6) e mostram que trabalhadoras do sexo feminino ganham, em média, R$ 2.746, enquanto os homens recebem R$ 3.625.
No Estado de São Paulo, 10,7 milhões de mulheres estão trabalhando. Destas, 28,9% recebem até um salário mínimo, sendo que 35,7% são trabalhadoras negras e 24,3% não negras. Do total de mulheres que estão trabalhando, 33,2% estão na informalidade e 72,7% contribuem para a previdência social.
Já 1,3 milhões de mulheres estão desocupadas, o que representa 11,1% de taxa de desocupação, enquanto 8,2 milhões estão fora da força de trabalho, o que significa que não estão procurando emprego.
No Brasil, a diferença salarial entre homens e mulheres é inferior que a registrada em São Paulo. De acordo com a pesquisa, trabalhadores do sexo masculino recebem em média R$ 2.909, enquanto trabalhadoras do sexo feminino recebem R$ 2.305, o que representa uma diferença de 21% no cenário nacional. (acesse o infográfico aqui)
“Mais um 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, se aproxima sem que haja avanços para serem comemorados. As mulheres, que são a maioria da população, estão sub-representadas nos espaços políticos e de poder, e, por essa razão, é muito difícil colocar no debate legislativo as questões femininas”, escreve o Dieese no boletim divulgado.
Programação especial em Sorocaba
O Comitê Popular de Luta Mulheres Pela Democracia, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e outras 30 entidades organizaram uma programação especial de Mês das Mulheres. O tema deste ano é: “Pela democracia, sem anistia! Por nossos direitos sem retrocessos! Pela vida digna de todas as mulheres”.
A programação inclui uma ação de panfletagem na Boulevard Braguinha, nesta sexta-feira (10), às 15h, além de uma sessão solene na Câmara Municipal, na próxima terça-feira (14), às 19h, e uma exposição sobre a pintora mexicana Frida Khalo, em 16 de março, também no mesmo horário e local.
Nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, um ônibus sairá do Sindicato dos Metalúrgicos para o ato em São Paulo. Também na mesma data, às 19h, a Casa da Frida deve receber uma roda de conversa com o tema: “A importância da mulher na luta pelos seus direitos”. O bate-papo terá a presença da vereadora Fernanda Garcia (Psol), da escritora Maria Teresa Ferreira, da engenheira e professora Erika Martins de Andrade, da terapeuta e professora Camila Ferreira e, também, da cantora, compositora, produtora e ativista cultural Marcia Mah.
Já a Prefeitura de Sorocaba preparou uma programação com, pelo menos, outras quatro ações até o fim do mês. Nesta quarta-feira (8), será a vez do encontro “Mulheres Empreendedoras”, às 9h, no Apiário Ferathi. As vagas são limitadas e as inscrições devem ser feitas on-line.
No sábado (11), o Parque Ives Ota, no Jardim Morumby, vai receber um plantio de mudas de árvores com a participação das mulheres, às 7h. A partir da próxima segunda-feira (13) até o dia 23, os condomínios dos bairros Carandá e Altos do Ipanema devem receber palestras sobre cuidados com a saúde da mulher, das 14h às 17h.
A programação encerra no dia 18, com o encontro “Motoclube Lokas”, a partir das 12h, no TMTV (Teatro Municipal Teotônio Vilela). O evento prevê palestras, atividades culturais e arrecadação de alimentos para a campanha “A Fome Não é Fake”.
A Comissão da Mulher Advogada da OAB Sorocaba também preparou uma programação especial para o Mês das Mulheres. Nesta quinta-feira (9), às 19h, o auditório do local deve receber a palestra “O Acesso à Justiça pelas Mulheres”, com a diretora da ABEP (Associação Brasileira Elas no Processo), Cecília Rodrigues Frutuoso Hildebrand.
Já no dia 30, as atividades do mês encerram com a palestra “Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero”, com a advogada e especialista em direitos difusos e coletivos, Cláudia Patrícia de Luna, atual vice-presidente para área da mulher da Comissão de Prerrogativas da OAB/SP.