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MP usa menos de meia página para rebater defesa de réus em ação do prédio da Sedu

Promotores afirmam que, ao contrário do que alegam as defesas dos cinco réus, ‘a denúncia não é inepta e tampouco lhe falta justa causa’

Portal Porque

Prédio da Secretaria de Educação de Sorocaba foi comprado pelo Governo Manga por R$ 30 milhões – R$ 10,3 milhões a mais que o preço real, segundo a denúncia do MP. Foto: Fernanda Ikedo/Portal Porque

O MP (Ministério Público) não precisou usar mais do que meia página de ofício para rebater a defesa prévia dos acusados de participar da possível compra superfaturada do prédio da Sedu (Secretaria de Educação de Sorocaba), adquirida pelo Governo Manga por R$ 30 milhões – R$ 10,3 milhões a mais que o preço real, segundo a denúncia do próprio MP.

A manifestação foi protocolada na sexta-feira (10) passada, após os cinco réus da ação penal proposta pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) apresentarem as defesas preliminares.

Os réus são o secretário de Desenvolvimento Econômico, Paulo Henrique Marcelo (na época ele ocupava a Secretaria de Planejamento do Governo Manga), o ex-secretário de Administração, Fausto Bossolo, o engenheiro da prefeitura responsável pela avaliação do imóvel, Areobaldo Negreti, e os proprietários do prédio, Arthur Fonseca Filho e Renato Machado de Araújo Fonseca.

A manifestação do MP tem apenas duas páginas, sendo que a primeira faz um relatório dos argumentos apresentados pelas defesas. Na segunda página, os promotores rebatem os réus, afirmando que, ao contrário do que alegam, “a denúncia não é inepta e tampouco lhe falta justa causa”.

“Os fatos foram suficientemente descritos e possibilitam o devido exercício da ampla defesa. De mais a mais, a autoria de todos os denunciados e a materialidade delitiva estão comprovadas através dos elementos de prova expressamente mencionados na denúncia e que a ela dão os subsídios necessários para que seja recebida. De outro bordo, os pressupostos processuais estão presentes e há indícios suficientes para a iniciativa penal. Observa-se, ainda, que as demais matérias aventadas nas defesas dizem respeito ao mérito e guardarão melhor análise após a instrução processual”, argumenta o MP.

Por fim, os promotores do Gaeco pedem para que a juíza a Margarete Pellizari, da 2ª Vara Criminal de Sorocaba, rejeite as defesas preliminares e dê prosseguimento à ação penal.

A manifestação do Gaeco é assinada pelos promotores Claudio Bonadia de Souza, Helena Cecília Diniz Teixeira Calado Tonelli e Luciana Andrade Maia.

CPI na Câmara

Nesta segunda-feira (13), a CPI aberta na Câmara de Sorocaba e que apura as denúncias de superfaturamento no prédio da Sedu enviou ofício ao Gaeco para solicitar acesso às investigações.

No documento, assinado pelo presidente da CPI, vereador Vinícius Aith (PRTB), a Câmara pede “cópia dos autos de investigação e acesso aos autos da ação”.

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