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Marcha Preta será ‘ato político de combate ao racismo e de luta pela igualdade’

Davi Deamatis (Portal Porque)

Evento acontecerá depois de ato ecumênico na capela de João de Camargo (na foto de arquivo, Marcha Zumbi & Dandara). Foto: Foguinho/SMetal

A Marcha Preta será realizada neste domingo (20), por volta das 11h, depois do Culto Ecumênico de celebração do Dia da Consciência Negra, que ocorrerá na igreja de João de Camargo, na Avenida Barão de Tatuí. Os participantes do culto também serão convidados a integrar a marcha que, dali, seguirá até o Parque Carlos Alberto de Souza, no Parque Campolim. A Marcha Preta é organizada por vários movimentos sociais, entre eles o Coletivo Racial Ubuntu, do Sindicato do Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal).

Everton da Silva Souza, coordenador do Ubuntu, disse que a “a Marcha é um importante meio para dar visibilidade às nossas lutas contra o preconceito, o racismo e a desigualdade histórica de que a população preta é vítima. No mercado de trabalho, entra ano e sai ano, verificamos que as injustiças persistem, pois ainda hoje o trabalhador negro ganha cerca de 40% menos por hora de trabalho do que um trabalhador branco.”

Outra frente de luta é “por mais oportunidade de emprego. Embora sejamos a maioria da população (cerca de 55%), é fato que somos minorias na hora de ocupar postos de trabalho. Na empresa em que sou funcionário, apesar de nela haver diversidade, os pretos e os pardos ainda somos minoria. Temos de ter consciência dessa situação e nos aliarmos em busca de mais equidade. E essa mobilização não deve ocorrer apenas no Dia da Consciência Negra. Para nós do coletivo ela deve ser constante”, disse Everton.

Em Sorocaba, esse dia foi instituído por meio da lei 8.120, proposta pelo então vereador Raul Marcelo, aprovada em abril de 2007. “A Marcha é um ato político relevante, de resistência e de chamamento da sociedade para a questão do racismo e para as injustiças contra os negros. E mais uma ocasião para uma reflexão política. Depois de termos avançado nessa luta, retrocedemos muitos passos em consequência do desgoverno a que foi submetido o país. Precisamos retomar os avanços, com muita energia e consciência”, disse Márcio Brown, do Coletivo Ação Periférica, um dos apoiadores da Marcha.

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