
Prédio da secretaria na região central de Sorocaba não conta com vigia, segundo denúncia recebida pelo Porque, que a Prefeitura não confirma nem desmente. Foto: Divulgação/Prefeitura de Sorocaba
Um furto ocorrido há cerca de duas semanas, na sede da Secid (Secretaria da Cidadania), localizada no Centro de Sorocaba, está impactando na distribuição dos kits de alimentação para doação às famílias atendidas pelos Cras (Centros de Referência da Assistência Social) de Sorocaba, chamados de kits emergenciais.
De acordo com denúncia enviada ao Portal Porque, foram levados alimentos repassados pelo FSS (Fundo Social de Solidariedade) e, no momento, as famílias que buscam por doação aguardam em uma lista de espera, sem previsão de entrega. Já outra fonte, também ligada à secretaria, garante que a Secid está achando um jeito de atender às famílias que procuram ajuda em sua sede, na rua Santa Cruz, Centro. Ambos terão a identidade preservada para evitar retaliações.
Ainda de acordo com informação repassada por um dos funcionários, que confirmou o furto, a falta de segurança nos próprios públicos possibilitou a ação dos bandidos. Como afirmou, o prédio, a exemplo de outros, não conta com vigilantes noturnos e nem esquema de videomonitoramento que funcione.
Sem kits
A situação se agrava pois, como revelado em matéria publicada pelo Porque, o município não desembolsa um centavo na aquisição de cestas básicas à população em vulnerabilidade, nem quando do período de pandemia.
“A Prefeitura não oferece cestas básicas para a população, eles recebem doações através do Fundo Social e montam kits de alimentos que, quando vemos as necessidades das famílias, podemos encaminhá-las para retirarem na Secid”, explicou uma segunda fonte, que trabalha em um dos Cras.
Ela também confirmou que foram informados do furto, como justificativa para o não fornecimento imediato dos kits emergenciais de alimentação em todas as unidades, mas sem mais detalhes ou previsão de regularização do serviço.
Sem respostas à população
A reportagem entrou em contato com a Secid, por meio da Secom (Secretaria de Comunicação) e, como tem sido prática constante na gestão Manga (Republicanos), os servidores se negaram à transparência com a imprensa e a população.
Nos questionamentos, foi perguntado se a Prefeitura confirma o furto, se registrou um Boletim de Ocorrência, qual foi o montante de alimentos furtados e se existe prazo para restabelecer o fornecimento dos kits emergenciais. Até o momento, o município não se manifestou.