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Fadi corta três dezenas de árvores do seu jardim e causa polêmica nas redes sociais

De acordo com a empresa responsável pelo serviço, o corte das árvores tem a autorização da Secretaria de Meio Ambiente

Portal Porque

Empresa diz que as árvores foram retiradas porque exemplares estavam doentes. Foto: Fabiana Blazeck Sorrilha/Portal Porque)

Cerca de 30 exemplares de árvores diversas e folhagens de grande porte estão sendo suprimidas do jardim interno da Faculdade de Direito de Sorocaba (Fadi), no Vergueiro. A retirada das plantas começou no sábado (29) e prossegue neste domingo (30), com a ajuda de um caminhão munck com cesto acoplado. O corte das árvores causou polêmica nas redes sociais.

De acordo com a empresa contratada para a supressão dos exemplares, a retirada foi necessária porque algumas das árvores estavam doentes e outras com as raízes afetando a estrutura do prédio da faculdade. Ainda há galhos que prejudicam a fiação elétrica da rede pública, segundo a empresa.

A retirada das árvores tem a autorização da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) da Prefeitura de Sorocaba, informou o engenheiro agrônomo que acompanha o trabalho. Como forma de compensar o corte dos exemplares, a Fadi terá de plantar 55 mil mudas de árvores na cidade e pagar R$ 55 mil, valor que será revertido em produtos veterinários e também será usado para pagar o projeto arquitetônico de um novo canil municipal.

A empresa contratada para a supressão das árvores utiliza motosserras elétricas para o corte dos galhos maiores, que estão sendo acondicionados em caminhões para descarte. O engenheiro agrônoma da empresa, que acompanhava a retirada, informou que as espécies são consideradas inadequadas para a localização e espaço do jardim, daí a necessidade da supressão e plantio de novos exemplares, de acordo com a lei municipal sobre arborização dos centros urbanos.

O responsável pelo serviço disse ainda que o solo deverá ser requalificado para receber minerais e outros insumos, a fim de deixá-lo mais saudável para os novos espécimes.

A vereadora Iara Bernardi (PT), membro da Comissão de Meio Ambiente na Câmara de Sorocaba, considera a retirada das árvores um desastre ambiental. Ela disse ao Portal Porque que fará o questionamento à Secretaria de Meio Ambiente, via Legislativo, sobre o motivo da retirada dos exemplares, se haverá compensação, punição e multa, visto que, para ela, não há explicação viável para fazer o corte de árvores antigas e sadias.

Iara Bernardi considerou ainda que, se há multa a pagar por parte da Fadi, trata-se de corte irregular. “Se está fazendo compensação, se está sendo multada, é porque é irregular. Tratar do solo, é possível fazê-lo com as árvores”, avalia a vereadora.

Já o ex-deputado estadual Hamilton Pereira (PT), que ocupou a cadeira de presidente do Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo, considerou o ato da Fadi um absurdo, especialmente por ter a conivência do promotor de Meio Ambiente, Jorge Alberto de Oliveira Marum, que também é professor na Faculdade de Direito de Sorocaba.

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