Manifestações dos secundaristas, como a ocorrida em 15 de abril, denunciam desmonte do ensino médio nas escolas públicas. Foto: Fernanda Ikedo/Portal Porque
Estudantes secundaristas de Sorocaba programaram um novo protesto contra o Novo Ensino Médio (NEM) para esta quarta-feira, dia 19, a partir das 16h. A manifestação está marcada para ocorrer na praça coronel Fernando Prestes, no centro de Sorocaba.
“Estamos há semanas mobilizando os estudantes para essa manifestação. Acreditamos que essa mobilização nas redes sociais, passando nas escolas e panfletando, está sendo fundamental. Veremos os resultados nas ruas”, afirma o coordenador de grêmio estudantil da Escola Estadual Prof. Júlio Bierrenbach Lima.
Os protestos ocorrerão em todo o país. Em Sorocaba, as principais entidades e lideranças estudantis que convocam o ato são: UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), UPES (União Paulista dos Estudantes Secundaristas), USES (União Sorocabana dos Estudantes Secundarista), Movimento Estudantil – PARE o PEI (Programa ensino integral) e mais de 40 grêmios estudantis.
A primeira manifestação dos estudantes, que contou com passeata no centro da cidade, ocorreu no dia 15 de março (leia mais aqui).
Também já foi realizada audiência pública na Câmara Municipal para debater o tema, no dia 12 deste mês. A audiência foi proposta pelas vereadoras Fernanda Garcia (Psol) e Iara Bernardi (PT), com apoio do movimento estudantil e educadores.
Em sua fala, a vereadora Fernanda abordou as insuficiências do modelo educacional aprovado no governo de Michel Temer em 2017 e defendeu sua completa revogação.
“Deveria se chamar ‘deforma’ da educação, já que é um projeto idealizado por fundações empresariais, cujo objetivo é suprimir o pensamento crítico nas escolas públicas e aprofundar o abismo entre o sistema público e privado”, disse (leia mais aqui).
Problemas enfrentados e esperança
No Novo Ensino Médio, estudantes do terceiro ano não tem aulas de Filosofia, Sociologia, Biologia, Química, História e Geografia, conteúdos que caem no Enem e vestibulares. Além disso, a reforma no ensino médio reduziu em 60% a carga horária de Matemática e Português no terceiro ano.
Bertoletti está confiante no movimento estudantil. Sobre o protesto do mês passado, ele ressalta que “ver a juventude toda na rua lutando por seus direitos foi incrível. Acredito que este seja o começo de algo grande. O movimento estudantil renasceu em Sorocaba.”
E conclui: “Queremos educação de qualidade, segurança e paz nas nossas escolas. Chega de violência. Acredito sim no ressurgimento do movimento estudantil e que ele trará progresso para nossa cidade.”
