
Monumentos vandalizados estão ao lado de câmeras de vídeomonitoramento da Guarda Civil Municipal. Baltasar já teve inclusive a espada furtada, em 2021. Foto: Teófilo Negrão
A estátua de Baltasar Fernandes, em frente ao Mosteiro de São Bento, foi novamente vandalizada. Na tarde de domingo, 03, os dois brasões que ornamentam o monumento em homenagem ao fundador de Sorocaba já não estavam mais lá.
A estátua é alvo de furtos recorrentes. Em 2015, o brasão de bronze foi levado. Em 2021, foi a espada do fundador que desapareceu, obrigado a Prefeitura a gastar dinheiro público para fazer outra. Na época, a Secretaria de Cultura (Secult) anunciou que a vigilância aos monumentos públicos seria melhorada.
Há cerca de uma semana, o busto de Dr. Braguinha, que fica na Praça Cel. Fernando Prestes, em frente ao bulevar que leva seu nome, também teve seu brasão e placa de identificação furtados. Os atos de vandalismo foram denunciados em redes sociais por munícipes.
De acordo com informações divulgadas pela Prefeitura de Sorocaba em seu site oficial, ambos os locais onde estão os monumentos possuem câmeras de videomonitoramento bem próximas. Porém, tudo indica que a tecnologia, sem ações complementares, não conseguiu intimidar os ladrões.
Os itens furtados são de bronze, metal nobre e de considerável valor para venda em ferros-velhos. Acredita-se que sejam furtados para financiar a compra de drogas lícitas e ilícitas.
Segundo o governo municipal, são 123 câmeras de segurança e de trânsito. Dessas, 95 estão localizadas nas principais avenidas e corredores de tráfego, praças e parques. O restante fica em prédios públicos, como escolas, Casas do Cidadão e Unidades Básicas de Saúde (UBS’s).
Além da tecnologia, a GCM (Guarda Civil Municipal) tem como atribuição zelar pelo patrimônio público e informa em divulgações à imprensa que realiza patrulhamento diário por todas as regiões da cidade, inclusive a central. Furtos recorrentes de placas em monumentos e fiação elétrica em escolas e UBSs têm levantado questionamentos nas redes sociais sobre a falta de vigilância para preservar o patrimônio público.
O Portal Porque enviou perguntas à GCM, por meio da Secretaria de Comunicação da Prefeitura, questionando se há imagens dos furtos. Também questionou a Secretaria da Cultura (Secult) sobre a reposição das peças furtadas e aguarda as respostas.
A punição para quem for pego praticando ato de vandalismo está descrita no Artigo 163, parágrafo único, Inciso III, do Código Penal, com pena de detenção de um mês a até três anos ou multa, a depender do local da violação (se é patrimônio histórico).