Foi suspenso na noite desta segunda-feira, 1.o, o decreto 27.171 do prefeito Rodrigo Manga (Republicanos), de 26 de julho, que deixou funcionários municipais inseguros e indignados devido às limitações impostas às consultas médicas e suspensão de cirurgias eletivas na Fundação da Seguridade Social dos Servidores Públicos Municipais de Sorocaba (Funserv). A revogação foi feita por meio do decreto n.o 27.182.
De acordo com publicação do Sindicato Municipal dos Servidores no final da tarde, no lugar do decreto será formada uma Comissão de Trabalho para estudar a situação da Funserv, com representantes do sindicato, funcionários e vereadores.
Foram muitas as manifestações de servidores municipais, pegos de surpresa com o decreto. O PORQUE ouviu alguns profissionais da saúde e da educação, que expuseram a indignação de continuarem pagando alto por meio de desconto em folha, sem ter acesso aos serviços médicos que passariam a ser restritos ou suspensos.
“Nós estamos pagando a mesma coisa. É mais do que justo que esse decreto seja esclarecido para todos. É necessário um estudo sobre a Funserv. Por que isso aconteceu?”, questionou um servidor.
Um abaixo-assinado foi criado pelo Movimento de Valorização dos Servidores, a fim de solicitar que a Funserv realize audiências públicas para discutir as consequências do decreto 27.171, de 26 de julho.
Mais de 1.000 assinaturas foram conseguidas em poucas horas. Os questionamentos dos servidores dizem respeito à falta de transparência com os gastos na saúde e falta de diálogo com a categoria.
Ao PORQUE, a vereadora Iara Bernardi (PT) afirmou que realizaria uma audiência pública para prestação de contas da Funserv, junto com o vereador Salatiel dos Santos Hergesel (PDT), mas, com a revogação do decreto, uma reunião foi marcada para a criação da comissão que discutirá um plano de recuperação da Funserv.