
Celebração ocorrerá na Capela Senhor do Bonfim (igreja de João de Camargo), na avenida Barão de Tatuí. Foto: arquivo Secom/Sorocaba
Em celebração do Dia da Consciência Negra, um culto ecumênico será realizado neste domingo (20), a partir das 8h30, na Igreja de João de Camargo (Capela do Senhor do Bonfim), localizada na avenida Barão de Tatuí, 1083, Jardim Paulistano. Representantes de religiões de matriz africana e evangélica vão participar da cerimônia.
O psicólogo Marco Pereira e a ativista Lourdes Liéje se encarregarão da abertura do evento e vão coordenar o pronunciamento de cada convidado, a partir das 8h30. Às 10h, haverá a apresentação do grupo de Maracatu Mukumbi. Em seguida, às 10h20, será a vez do Sambada pra Dandara.
Às 10h40, apresenta-se o rapper Wesley Aprile. A Associação Sorocabana de Capoeira(Asca), orientada pelo mestre Cuco, mostra a sua arte às 11h. E, às 11h20, a música fica por conta do Baque de Mulher.
Depois desses shows, Marcos e Lourdes dirigem o Ato Ecumênico, do qual participarão o pai de santo Leandro Leal e a pastora Patrícia Carnieto. A presença de um representante da igreja católica ainda não está confirmada.
Ideal de Nhô João
Para encerrar a cerimônia, o Baque de Mulher volta à cena, conforme informou Luiza Alves, do Centro Cultural Quilombinho, entidade que liderou a realização desse evento ecumênico desde a sua primeira edição, em parceria com a Coordenadoria da Igualdade Racial, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e do Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra (CMPDCN).
Rosângela Alves, então presidente do Quilombinho, foi quem deu início a esse culto. Ela faleceu em 2017. “A família, porém, não abandonou esse ideal de unir as religiões nesse encontro que exprime bem o espírito tolerante e ecumênico de João de Camargo”, disse Luiza, filha de Rosângela.
O Dia da Consciência Negra foi instituído no dia de aniversário de morte de Zumbi, líder da revolução do Quilombo dos Palmares, que se constituiu num marco da luta pelos direitos dos negros.
Por isso, essa data, ainda conforme disse Luiza, “tem de nos levar à reflexão a respeito de nossas lutas históricas pela igualdade racial, combatendo o racismo estrutural e intolerância religiosa”.