Neste sábado, 26, das 8h às 18h, ocorrerá a 2ª Conferência Municipal da Saúde Mental de Sorocaba. Esta conferência, que é uma etapa da V Conferência Nacional de Saúde Mental, deve eleger 100 delegados (50 usuários da rede, 25 gestores e 25 trabalhadores) para a etapa macrorregional.
O tema dos debates será “A política de saúde mental como direito: pela defesa do cuidado em liberdade, rumo a avanços e à garantia de serviços da Atenção Psicossocial no SUS”.
Somente os organizadores estarão de forma presencial na Câmara de Sorocaba, de onde será transmitida a conferência para os inscritos.
“O conteúdo que será discutido é denso e muito importante para o momento que estamos vivendo. A intenção é refletir sobre a situação atual da saúde mental na cidade e construir juntos uma realidade nova para os próximos quatro anos”, afirma a representante da comissão organizadora, Regina Cardoso.
No primeiro momento, participarão representantes da saúde mental de Sorocaba e da Secretaria Municipal de Saúde e, no segundo, haverá discussão e votação das propostas feitas nos quatro grupos de trabalho. São eles:
1) Cuidado em liberdade como garantia de Direito a cidadania;
2) Gestão, financiamento, formação e participação social na garantia de serviços de saúde mental;
3) Política de saúde mental e os princípios do SUS: Universalidade, Integralidade e Equidade;
4) Impactos na saúde mental da população e os desafios para os cuidados psicossocial durante e pós-pandemia.
HISTÓRICO DAS CONFERÊNCIAS
Regina Cardoso lembra que entre a primeira Conferência e esta segunda passaram-se 10 anos. A psicóloga Tamiris Mazetto, pesquisadora e integrante do Flamas (Fórum da Luta Antimanicomial de Sorocaba) aponta que “o processo histórico das Conferências de Saúde Mental carrega as marcas dos contextos sociopolíticos de cada época. O ‘cuidado’ pode ser, nesse sentido, um importante analisador do projeto de sociedade em disputa em cada momento histórico”.
Ela lembra que a última conferência de Saúde Mental ocorreu após pressão da “Marcha dos usuários pela reforma psiquiátrica”, que reuniu mais de 2.300 pessoas em Brasília no ano de 2009. “A memória do protagonismo dos usuários, que sustentaram a última conferência, nos impulsiona a pensarmos que a luta antimanicomial vale a pena e que a produção de saúde só é possível no contexto do pleno exercício de cidadania.”
Mais informações podem ser obtidas pelas redes sociais da conferência:
• Instagram @conferenciasaudementalsorocaba e
• Facebook iiconferenciadesaudementaldesorocaba.
