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Animais domésticos também podem sofrer desidratação em dias de calor intenso

Recomendação aos tutores é sempre oferecer água fresca e limpa, além de um espaço com sombra, independente da espécie do pet

Fabiana Blazeck Sorrilha (Portal Porque)

Apatia e falta de vontade de comer são sinais de que o bichinho pode estar sofrendo com a falta de hidratação. Foto: Divulgação

Não se esqueça: bicho também pode se desidratar devido ao calor intenso. Daí a importância de ficar atento aos primeiros sinais de que algo com eles não vai bem. De acordo com o médico veterinário intensivista e emergencista, Ricardo Pantaleão, entre os principais sinais de desidratação em cães e gatos são o focinho e as “almofadinhas” das patas mais ressecadas.

Há também mudança na cor da gengiva e os olhos mais ressecadas, sem brilho. Falta de apetite, prostração, apatia e diminuição da elasticidade da pele também são sinais de que há desidratação no bichinho. “Pets com baixa hidratação também urinam menos e essa urina tem cheiro mais forte, além de apresentar vômitos, saliva mais espessa e mal hálito”, explica.

Se seu bichinho apresenta qualquer um desses sintomas, procure orientação de um profissional capacitado, ou seja, um médico veterinário, um zootecnista ou um auxiliar veterinário.

“Fornecer água e isotônicos de forma forçada são alternativas possíveis, mas o mais importante é, ao perceber alguns dos sinais citados ou a não aceitação de hidratação espontânea ou forçada, procurar um médico veterinário capacitado para ajudar na melhor estratégia para esse paciente”, alerta Ricardo.

Hidratação para todos

Os pets que ficam no quintal precisam de muita atenção para que não falte água limpa e fresca, além de sombra para eles se abrigarem. “Molhar o espaço de maior permanência do animal nesse quintal também serve como medida auxiliar na hidratação dele”, orienta o veterinário.

Já os bichinhos que ficam dentro de casa podem se beneficiar com umidificadores, ventiladores e aparelhos de ar-condicionado ligados nos períodos de calor mais intenso. Assim como os humanos, as toalhas umedecidas e baldes de água espalhados pela casa também ajudam a melhorar a umidade do ambiente.

A atenção também deve se estender aos animais que vivem nas ruas. O veterinário orienta que, neste caso, o melhor é sempre contatar os serviços públicos, como a Zoonoses, para que medidas de caráter definitivo sejam adotadas.

“Outra providência é colocar potinhos de água em praças, em frente da sua casa, com a devida manutenção e limpeza constante a fim de evitar focos de dengue e outros agentes transmissores de doenças”, sugere.

Já bichos de grande porte como cavalos e outros também precisam de sombra e água limpa e fresca. Para eles, é necessário espalhar bebedouros em vários locais da propriedade, favorecendo a melhor hidratação dessas espécies.

A recomendação também é que eles tenham locais de sombra como áreas cobertas e acesso a espaços com árvores de copa larga para ajudar na hidratação e conforto desses animais.

Calopsitas e periquitos

Por serem mais sensíveis às variações de temperatura e umidade, o cuidado com as aves como calopsitas e periquitos, por exemplo, precisa ser ainda maior. No bebedouro deles, além das recomendações dadas para outros pets, é importante fornecer água potável. Também é uma boa opção manter umidificadores próximos às gaiolas.

“Cobrir as gaiolas com toalhas úmidas é medida que auxilia na manutenção da umidade. A recomendação é evitar a exposição em áreas abertas, mesmo que cobertas e com sombras em dias e horários mais quentes”, conclui o veterinário Ricardo Pantaleão.

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