Um bate-boca entre vereadores da situação e da oposição pôs fim à sessão legislativa da Câmara de Votorantim, por volta das 11h30 desta terça-feira (4). O encerramento foi declarado pelo presidente do Legislativo, Thiago Schiming (PSDB), depois que Lourival Cesário (Cidadania), conhecido como César Silva, Ita (Cidadania) e Pastor Lilo (União Brasil) passaram a discutir de forma acalorada.
A sessão transcorria normalmente até que chegou o momento em que os vereadores deveriam apreciar o veto da prefeita Fabíola Alves da Silva Pedrico (PSDB) a um projeto de lei de autoria de Pastor Lilo – aprovado em 14 de fevereiro com sete votos favoráveis e dois contrários – que instituía uma cavalgada no Calendário Oficial de Eventos do Município, na Semana de Emancipação, comemorada em dezembro.
Ativistas pró e contra a realização da cavalgada lotaram o plenário da Câmara de Votorantim para, mais uma vez, acompanhar a votação. Na tribuna, César Silva, que votou contra o projeto na ocasião, fez um comentário considerado ofensivo por Lilo e Ita, bem como para algumas pessoas que ali estavam.
“Nada de alguém com cem quilos subindo no animal para judiar. Tinha que ser ao contrário, ainda tinha que carregar o animal, né?”, foi a frase dita por César Silva e que despertou a ira dos dois vereadores da oposição.
Aos gritos, Ita e Lilo se levantaram e passaram a reclamar da atitude do colega de Legislativo. Thiago Schiming ainda pediu silêncio, que a dupla se sentasse, mas, como não era ouvido, deu por encerrada a sessão.
O presidente da Câmara de Votorantim baseia a sua decisão no artigo 69 da Resolução n° 3, de 23 de março de 1994, do Regimento Interno da Câmara, que diz: “A reunião será levantada antes de finda a hora a ela destinada, nos seguintes casos: I – tumulto grave; II – em homenagem à memória de pessoa importante para o Município; III – quando presente menos de 1/3 de seus membros”.
Caso de polícia
Com a alegação de que se sentiram ofendidos com a fala de César Silva, Ita, Lilo e outras cinco pessoas que estavam na Câmara foram à delegacia e fizeram um boletim de ocorrência de injúria – artigo 140 do Código Penal.
A assessoria de imprensa do Legislativo votorantinense alega que as matérias parlamentares que deixaram de ser votadas nesta terça-feira (4), incluindo o veto total ao projeto de lei que instituía a cavalgada, voltam à pauta na próxima sessão ordinária, marcada para as 9h de 11 de abril.
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