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Vereadora pede para CPI apurar participação da primeira-dama na compra do prédio da Sedu

Vereador Vinícius Aith, presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, diz que solicitação será avaliada, inclusive por assessores jurídicos

Portal Porque

Iara Bernardi durante sessão legislativa: segundo ela, Sirlange Maganhato pediu para um empresário intermediar a aquisição do imóvel. Foto: Divulgação/Câmara de Sorocaba

A vereadora Iara Bernardi (PT) quer que a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga a denúncia da compra superfaturada do prédio da Sedu (Secretaria de Educação) de Sorocaba ouça a primeira-dama do município e presidente do Fundo Social de Solidariedade, Sirlange Maganhato, sobre sua participação no processo de aquisição do imóvel. O pedido para inclusão da esposa do prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) na lista de depoentes da CPI foi protocolado na quinta-feira (2).

Foi a vereadora quem fez a solicitação tomando como base uma reportagem publicada, no mesmo dia, pelo temmais.com. Segundo a notícia, a primeira-dama pediu para um empresário de Sorocaba intermediar a compra do imóvel que abrigaria a Sedu que, de acordo com denúncia do MP (Ministério Público), custou R$ 10,3 milhões a mais que o preço real.

O empresário, chamado Marco Silva Mott, é amigo de Manga, segundo o temmais.com, e pertence à família dona do prédio que funcionou como comitê de campanha do então candidato a prefeito, durante a eleição municipal de 2020.

Ainda de acordo com a reportagem, em pelo menos uma ocasião, Mott foi acompanhado por Sirlange Maganhato em um imóvel na zona oeste da cidade que poderia servir à Secretaria de Educação. Ele esteve, também, no prédio que acabou sendo comprado por R$ 30 milhões, localizado na região do Campolim, zona sul de Sorocaba.

Além de Sirlange, a vereadora Iara Bernardi também pede que a CPI ouça o empresário Marco Mott. O imóvel da família do empresário que serviu de comitê de campanha do prefeito Manga fica na rua Rua Sete de Setembro, no mesmo endereço que consta como sede da agência de publicidade e marketing da primeira-dama na Junta Comercial do Estado de São Paulo.

“Chama-nos atenção o fato de a primeira-dama do município ter participado do processo de escolha de imóvel para desapropriação para sede da Sedu, o que foge totalmente de suas atribuições e competências, assim como ter solicitado a um empresário, sem vínculos formais com o poder executivo, para atuar como ‘corretor de imóvel’ neste processo”, diz a vereadora, em vídeo publicado nas suas redes sociais.

Em nota, o presidente da CPI, vereador Vinícius Aith (PRTB), disse que recebeu o pedido de inclusão da primeira-dama e do empresário na lista de depoentes e que “o conteúdo do documento será apresentado aos demais integrantes da Comissão, bem como ao corpo jurídico que assessora os trabalhos de investigação para análise”.

A denúncia de que a Prefeitura de Sorocaba comprou por quase R$ 30 milhões o prédio que havia sido anunciado por R$ 20 milhões foi publicada, com exclusividade, pelo Portal Porque em 21 de julho de 2022.

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