Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chega à véspera do segundo turno da eleição presidencial deste ano com 52% dos votos válidos, aponta a derradeira pesquisa do Datafolha sobre esta campanha. Seu rival, Jair Bolsonaro (PL), tem 48%. Na rodada anterior, publicada na quinta (28), o ex-presidente tinha 53% e o presidente, 47% neste critério.
A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos, considerando um nível de confiança de 95%. Votos válidos são a métrica de contagem do resultado final do pleito pela Justiça Eleitoral. Eles excluem os brancos e nulos no dia do voto e, para fins da pesquisa, os indecisos.
Nos chamados votos totais, que abarcam todas as categorias, Lula tem 49% (tinha 49% na anterior) e Bolsonaro, 45% (44% antes). Aqui estão os contingentes mais propensos a definir o resultado final: 4% de quem diz votar branco ou anular (eram 5%) e os indecisos, 2% (eram 2%). Os resultados podem ser diferentes de 100% por causa de arredondamentos.
O Datafolha ouviu 8.308 pessoas em 253 municípios, em um levantamento encomendado pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo. Feito na sexta (28) e no sábado (29), ele está registrado sob o número BR-08297/2022.
A pesquisa é a última fotografia feita pelo Datafolha antes do pleito, e não configura uma previsão de resultado. Mudanças de rumo de última hora não são incomuns, com fenômenos como a própria votação de Bolsonaro no primeiro turno, acima do nível declarado pelos eleitores na véspera, apesar da alta rejeição do mandatário.
Isso dito, desde que o instrumento da reeleição foi instituído em 1997, com efeito no pleito do ano seguinte, nunca um perdedor do primeiro turno conseguiu chegar à frente do vencedor na segunda rodada.
A disputa mais acirrada até aqui foi entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) em 2014, na qual o tucano alternou a liderança ao longo do segundo turno com a então presidente, mas acabou derrotado por 51,64% a 48,36% dos votos.
Neste segundo turno de 2022, Lula até aqui se manteve à frente, embora Bolsonaro tenha registrado oscilação positiva que foi invertida no levantamento feito nesta semana, além de um crescimento da aprovação de seu governo.
O presidente viu um Congresso eleito mais próximo de si, e recebeu apoios de governadores do Triângulo das Bermudas da política nacional: São Paulo (o tucano derrotado Rodrigo Garcia), Rio (do aliado reeleito Cláudio Castro, do PL) e Minas Gerais (to também aliado Romeu Zema, reeleito pelo Novo).
Lula, por sua vez, agregou a terceira colocada no primeiro turno, Simone Tebet (MDB), à sua campanha.
Entre os motivos possíveis para o estancamento estão episódios negativos para Bolsonaro: a revelação da Folha sobre o plano da pasta da Economia de não repassar a inflação mais a aposentadorias e ao mínimo, seu aliado Roberto Jefferson dando tiros e jogando granadas contra policiais federais que foram prendê-lo e a campanha do presidente fazendo uma tentativa mambembe de acusar o TSE de favorecer Lula numa disputa sobre inserções de rádio.
A pesquisa também captou no seu levantamento deste sábado o humor do eleitorado após o debate final da disputa, realizado na noite de sexta (28) pela TV Globo.
O evento foi agressivo, mas inconclusivo: ambos os rivais trocaram acusações duras e não se fixaram em discussões de fato. Com efeito, Bolsonaro correu para dizer que Jefferson não era seu aliado e que nada mudaria na correção do mínimo e das aposentadorias, que haviam corroído ainda mais sua posição entre os mais pobres. (Igor Gielow, Folhapress)
Ipec: Lula 54% x 46% Bolsonaro
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua à frente na disputa presidencial de segundo turno, segundo pesquisa Ipec divulgada neste sábado (29). Às vésperas do pleito decisivo, o petista registra 54% das intenções de votos válidos contra 46% do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
O resultado do levantamento mostra estabilidade em relação ao estudo anterior, divulgado no último dia 24 de outubro. A margem de erro de é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.
Os votos válidos, que exclui os brancos e nulos, é usado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para totalizar o resultado das eleições.
Em relação aos votos totais, Lula também está na frente com 50% . Bolsonaro tem 43%. A pesquisa deste sábado do Ipec mostra que os que pretendem votar em branco ou anular no próximo dia 30 somam 5%, e os indecisos, são 2%.
O Ipec ouviu 4.272 brasileiros de quinta (27) a sábado (29), em 236 municípios do país. A sondagem foi contratada pela TV Globo e o registro na Justiça Eleitoral é BR-05256/12.
No primeiro turno, no dia 2 de outubro, Lula obteve 48,4% dos votos válidos, ante 43,2% de Bolsonaro. A terceira colocada, Simone Tebet (MDB), ficou com 4,2% e Ciro Gomes (PDT), com 3%.
Abstiveram-se 33 milhões de eleitores, o equivalente a 21% do eleitorado do país. Os votos em branco ou nulos para presidente no primeiro turno somaram 5,5 milhões, o correspondente a 4,4% dos que compareceram às seções.
Quaest: Lula 52% x 48% Bolsonaro
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 52% dos votos válidos, um dia antes do segundo turno, segundo pesquisa Quaest divulgada neste sábado (29). O atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputa à reeleição, registra 48% das intenções.
No último levantamento, realizado na última quarta (26), o petista tinha 53%, e o presidente, 47%.
Os votos válidos excluem os brancos e nulos e são usados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para totalizar o resultado das eleições. A margem de erro da pesquisa deste sábado é de dois pontos, para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.
Em relação aos votos totais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua à frente na disputa presidencial de segundo turno, com 46% das intenções de voto contra 43% do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os que pretendem votar em branco, nulo ou não votar somam 6%, e os indecisos 5%, indica o levantamento, que é financiado pela corretora de investimentos digital Genial Investimentos, controlada pelo banco Genial.
A empresa de pesquisa e consultoria ouviu 2.000 pessoas com mais de 16 anos em seus domicílios, em 1220 municípios, de sexta (28) até a sábado (28). O número do registro na Justiça Eleitoral é BR-05765/2022.
No primeiro turno, no dia 2, Lula obteve 48,4% dos votos válidos, ante 43,2% de Bolsonaro. A terceira colocada, Simone Tebet (MDB), ficou com 4,2% e Ciro Gomes (PDT), com 3%.
Abstiveram-se 33 milhões de eleitores, o equivalente a 21% do eleitorado do país. Os votos em branco ou nulos para presidente no primeiro turno somaram 5,5 milhões, o correspondente a 4,4% dos que compareceram às seções eleitorais.
Após a primeira votação, a Quaest incluiu em seus levantamentos um novo cálculo, considerando os eleitores com maior probabilidade de ir votar no próximo domingo (30). Por essa conta, Lula registra 51,4%, e Bolsonaro, 48,6%.
O modelo de likely voter (eleitor provável) foi construído a partir de dados do comparecimento real no primeiro turno desta eleição e de pesquisas anteriores da Quaest, que demonstram uma diferença significativa entre a abstenção declarada e a abstenção real.
Em relação a rejeição, Bolsonaro registra 48%. Já os que dizem não votar em Lula de jeito nenhum somam 44%.
As pesquisas eleitorais são um retrato da intenção dos eleitores no momento em que as entrevistas são feitas, e não uma projeção do resultado eleitoral, que só será conhecido no dia do pleito, com a apuração oficial.
Até o instante de apertar o botão na urna, muitas variáveis podem fazer com que as pessoas mudem de posição. Para fazer uma análise mais ampla do cenário eleitoral, o eleitor deve levar em conta o conjunto de questões que os levantamentos abordam. (Tayguara Ribeiro, Folhapress)