Merendeiras que trabalham nas escolas da rede municipal de ensino estão com o salário de fevereiro em atraso e preocupadas em não receber também a rescisão da empresa terceirizada RC Nutry.
A diretora do Sindicato dos Trabalhadores de Refeições, Alessandra Bercio, explica que o contrato com a RC Nutry iria até o dia 28 de março, devido a outra empresa ter vencido a licitação, ocorrida no mês passado.
Mas, devido a vários problemas que a empresa estava causando, como o PORQUE tem noticiado, a Prefeitura decidiu rescindir o contrato de forma antecipada no último dia 7, e a Pack Food, que venceu a licitação, assumiu.
Para Alessandra, a falta de pagamento dos salários e de outros direitos pode refletir no contrato com a nova empresa. “Por telefone, a RC Nutry já sinalizou que não pagará o salário nem as verbas rescisórias das trabalhadoras. Nós já estávamos alertando a Prefeitura e o sindicato já pediu bloqueio de fatura, para que, ao invés do governo municipal pagar a RC Nutry, pague diretamente a essas trabalhadoras”, destaca Alessandra.
O sindicato ainda aguarda retorno do poder público. “Não podemos ficar esperando. Temos no histórico de luta um episódio no qual as trabalhadoras, em 2015 e 2016, foram abandonadas pela empresa. Diante disso, as merendeiras estão desesperadas, com medo que isso ocorra novamente.”
Alessandra lembra que, quando o governo Rodrigo Manga assumiu a Prefeitura, foi contratada sem licitação a RC Nutry, que vem dando problemas como falta de recolhimento do FGTS e atrasos nos pagamentos de benefícios.
“Faremos uma assembleia com as trabalhadoras e, com aprovação, começaremos a mobilização, porque não podemos ficar quatro anos para receber os direitos. O prefeito tem que fazer um esforço para garantir o que prometeu durante a campanha eleitoral”, reforça Alessandra.
O PORQUE questionou a Secretaria de Comunicação da Prefeitura, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.