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Pré-candidatura de Sirlange a vice-governadora é ignorada pela grande imprensa

Fábio Jammal Makhoul

Desconhecida fora de Sorocaba, a primeira-dama Sirlange Maganhato (PL) tem sido completamente ignorada na imprensa nacional como pré-candidata a vice-governadora na chapa de Tarcisio de Freitas (Republicanos). Faltando um mês para as convenções partidárias que vão definir os candidatos, o nome de Sirlange não foi citado sequer uma vez pelos jornalistas e articulistas políticos dos principais jornais do país. Na verdade, a especulação sobre sua possível indicação para vice ficou restrita a Sorocaba.

O nome mais forte para ser vice de Tarcísio, apostam os jornais, é o da deputada federal Rosana Valle, que era do PSB até março deste ano, quando migrou para o PL, mesmo partido de Bolsonaro e da primeira-dama de Sorocaba. Dessa forma, a notícia da pré-candidatura de Sirlange está restrita a alguns meios de comunicação de Sorocaba, que têm se preocupado, apenas, em reproduzir o discurso otimista do prefeito Rodrigo Manga (Republicanos).

A última notícia sobre as articulações políticas para vice-governador na chapa de Tarcisio foi veiculada pela rádio CBN, do Grupo Globo, dois dias atrás. Segundo o jornalista André Guilherme, na coluna “Bastidores da Política”, Rosana Valle continua como o nome mais cotado para ser vice do candidato bolsonarista. “O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, passou a se dedicar à costura de apoios políticos para a candidatura do ex-ministro da Infraestrutura. O PSD, de Gilberto Kassab, é o principal foco de apoio”, diz o jornalista, lembrando que a vaga de vice tem sido usada como moeda de troca nas negociações partidárias.

“Até agora, o nome preferido de Tarcísio para vice é o da deputada federal Rosana Valle”, afirma o colunista Igor Gadelha, do jornal Metrópole, em texto publicado no último dia 22. O mesmo jornal afirmou em 1º de abril, quando Rosana trocou o PSB pelo PL, que o acordo para que a deputada seja a vice de Tarcísio estava “99% garantido”, segundo a reportagem apurou com a cúpula do PL. “A escolha de Rosana para vice de Tarcísio foi feita pelo próprio ex-ministro e pelo presidente nacional do Republicanos, o deputado federal Marcos Pereira”, dizia a reportagem assinada pelo jornalista Daniel Haidar.

Na última quarta, dia 15, em entrevista à rádio Jovem Pan Nacional, o candidato do presidente Jair Bolsonaro citou o ex-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, como um nome em estudo para ser vice na sua chapa. Desde março o nome de Skaf aparece nas especulações.

Nas últimas reportagens publicadas pela grande imprensa sobre o possível vice de Tarcisio, jornais como Folha de S. Paulo e Estadão dizem que o comando partidário só vai fechar questão às vésperas ou durante o período de convenções partidárias, entre 20 de julho e 5 de agosto. A escolha foi adiada de propósito, segundo os jornais, a fim de que o Republicanos possa usar a vaga de vice para atrair o apoio de outros partidos, sobretudo o PP e PSD.

Outra opção estudada, dizem os jornais, é o nome do empreendedor e filantropo Henrique Prata, presidente do Hospital de Câncer de Barretos. Ele é bem-visto porque poderia ajudar a rebater críticas sobre os erros do governo federal durante a pandemia de covid-19, segundo os jornais.

Como se vê, diversos nomes são citados pela imprensa nacional como postulantes à vaga de vice de Tarcisio, mas o da primeira-dama de Sorocaba, pelo menos até agora, não é cogitado fora das “fronteiras” da cidade. (Colaborou José Carlos Fineis)

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