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Oposição vai insistir em participar da reunião da CPI chapa branca nesta quarta

Apesar de não terem sido incluídas na comissão, as vereadoras Iara Bernardi e Fernanda Garcia afirmam que vão investigar se há crime na relação financeira e política entre o governo Manga e as empresas da família Hial

Paulo Andrade (Portal Porque)

Relação das empresas de ex-diretor da Urbes com a Prefeitura de Sorocaba envolve, ao menos, 17 contratos no valor de R$ 32 milhões. Foto: Reprodução/TV TEM

Mesmo sem ter tido respostas a ofícios e pedidos realizados publicamente na sessão desta terça-feira (3), as vereadoras Iara Bernardi (PT) e Fernanda Garcia (Psol) afirmam que vão participar da primeira reunião da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), formada por aliados do prefeito Rodrigo Manga (Republicanos). O encontro está marcado para as 11h desta quarta-feira (4), na Câmara Municipal.

A CPI da base aliada, criada na semana passada para investigar o próprio prefeito e suas relações com entidades da família Hial, vai se reunir pela primeira vez para elaborar seus planos de trabalho. Há denúncias de que o governo municipal tem 17 contratos, no valor de R$ 32 milhões, com familiares de Jorge Domingos Hial, recentemente exonerado do cargo de diretor da Urbes – trânsito e transportes.

Presidida pelo vereador Cristiano Passos (Republicanos), com o vereador Luis Santos, do mesmo partido, como relator, a CPI é composta também por Dylan Dantas (PL), Fábio Simoa (Republicanos), João Donizeti (PSDB), Rodrigo do Treviso (União), Silvano Jr. (Republicanos), Vinícius Aith (PRTB) e Caio Oliveira (Republicanos).

Chamada de CPI chapa branca por ser composta apenas com aliados de Manga, as vereadoras Iara Bernardi (PT) e Fernanda Garcia (Psol) afirmam ao Portal Porque que, desta vez, não vão abrir mão de participar da comissão, questionar e “até fazer relatório separado”, como garante Fernanda.

“Estaremos ativas e operantes desde essa primeira reunião de quarta-feira”, afirma a vereadora Iara ao Porque. “Já fizemos ofício para poder participar efetivamente dessa comissão, desde o início”, informa Fernanda.

Histórico do caso

Desde que a TV Tem noticiou a suspeita de corrupção e improbidade administrativa, no dia 21 de setembro, Iara Bernardi vinha tentando recolher as sete assinaturas de vereadores necessárias para abrir a CPI.

Aliados do governo disseram, na sessão de terça-feira passa (26), que não iriam assinar a CPI, pois ela “seria inócua”, já que o Ministério Público havia entrado no caso.

Na sessão de quinta-feira passada (28), Iara havia reunido apenas quatro assinaturas: ela, Fernanda Garcia, Francisco França (PT) e Salatiel Hergesel (PDT). Na mesma sessão, os vereadores da base governista correram para conseguir nove assinaturas para uma CPI sem participação da oposição.

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