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Ministério Público abre investigação para apurar irregularidades no concurso da Câmara

Fábio Jammal Makhoul

O Ministério Público de São Paulo abriu investigação para apurar as denúncias de irregularidades no concurso da Câmara Municipal de Sorocaba. Ao todo, o MP recebeu 13 representações, com denúncias feitas por pessoas que participaram do concurso. O certame foi suspenso temporariamente pela Câmara após constatar que parte da prova foi copiada de um concurso realizado dias antes no interior do Maranhão (leia mais aqui).

No despacho das representações, assinado no final da tarde dessa terça, 7, o promotor Orlando Bastos Filho determina que todas as denúncias sejam encaminhadas para a Câmara e que o Legislativo apresente esclarecimentos e as providências que estão sendo adotadas num prazo de 10 dias. As representações podem, agora, se transformar num inquérito civil público.

A denúncia de plágio no concurso da Câmara foi publicada com exclusividade pelo PORQUE no dia 30 de maio, um dia depois da realização da prova (leia mais aqui). No dia seguinte, a Comissão do Concurso Público da Câmara verificou todos os 19 modelos de provas aplicadas e encontrou perguntas copiadas do concurso do Maranhão em 13 delas: agente de apoio legislativo, analista de recursos humanos, analista orçamentário e financeiro, designer gráfico, engenheiro civil, mestre de cerimônias, motorista, oficial de comunicação, oficial legislativo, oficial de manutenção, operador de câmera, técnico em informática e telefonista (leia mais aqui).

Além do plágio, os candidatos do concurso da Câmara também reclamam da organização do certame. Segundo eles, não houve controle dos celulares e muitos candidatos fizeram a prova com o aparelho em mãos. Os concurseiros também reclamam da prova de informática, cuja resposta correta para todas as perguntas era a letra A. Outra reclamação é sobre o despreparo dos fiscais para aplicar as provas.

Ao todo, 20.600 pessoas participaram do concurso da Câmara e pagaram quase R$ 1,2 milhão em taxas de inscrição. Esse valor, segundo o contrato assinado entre o Legislativo e a Avança SP, responsável pelo concurso, ficou integralmente com a empresa, agora acusada de plágio (leia mais aqui).

Apesar dos prejuízos que um eventual cancelamento do concurso causará, principalmente para aqueles que vieram de outras cidades e Estados, todos os concurseiros entrevistados pelo PORQUE defendem a realização de um novo certame (leia aqui).

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