Carlos Cezar (PL), Danilo Balas (PL) e Maria Lúcia Amary (PSDB) votaram a favor do reajuste. Se apenas mais um deputado tivesse votado contra, o aumento dos salários teria sido rejeitado. Fotos: Assembleia Legislativa
Os deputados estaduais de Sorocaba votaram a favor do aumento de 37,3% nos seus próprios salários, aprovado em votação relâmpago pela Assembleia Legislativa de São Paulo, durante sessão extraordinária realizada na terça, 21. Carlos Cezar (PL), Danilo Balas (PL) e Maria Lúcia Amary (PSDB) estão entre os 49 deputados estaduais que votaram “sim” pelo aumento, resultado que garantiu um voto a mais do que o mínimo necessário para aprovação da proposta. Dez deputados votaram contra. O reajuste será aplicado de forma escalonada a partir de janeiro e vai favorecer outro deputado estadual eleito por Sorocaba em outubro: Vitão do Cachorrão (Republicanos).
De acordo com o projeto aprovado, os salários dos deputados estaduais, que atualmente é de R$ 25.322,25, serão reajustados gradualmente a partir do mês que vem até 2025. Agora em janeiro, o valor da remuneração já passa para R$ 29.469,99. Três meses depois, em abril, sobe para R$ 31.238,19. Já a partir de 1º de fevereiro de 2024, o subsídio dos parlamentares passará para R$ 33.006,39 e, em 1º de fevereiro de 2025, será fixado em R$ 34.774,64. Os valores seguem os reajustes aplicados aos deputados federais, na proporção permitida.
Com a aprovação da proposta, apresentada em forma de substitutivo pelo deputado Alex de Madureira (PL), o projeto segue para sanção do Executivo. Vale lembrar que o governador eleito, Tarcisio de Freitas (Republicanos), também foi contemplado com um reajuste de 50% no seu salário, no final do mês passado, em votação na Assembleia que também contou com o apoio de Danilo Balas, Carlos Cezar e Maria Lúcia Amary (leia mais).
Tramitação a jato
O projeto que aprovou o aumento dos salários dos deputados estaduais teve uma tramitação a jato na Assembleia Legislativa. O projeto original previa o congelamento dos salários em R$ 25,3 mil para 2023 e fora apresentado uma semana antes, no dia 13 de dezembro, pela Mesa Diretora. Porém, na tarde dessa terça, um dia depois da aprovação do projeto que aumenta os salários do presidente da República, dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e dos deputados federais e senadores, a Assembleia aprovou um substitutivo alterando o texto original e propondo o aumento escalonado.
Durante a sessão extraordinária desta terça, deputados e deputadas usaram a Tribuna para discursar sobre o reajuste. Dos presentes em plenário, apenas dez parlamentares foram contrários à proposta. A deputada de Itu, Monica Seixas (Psol), da Mandata Ativista, chamou de “destoante” a aprovação do reajuste no subsídio dos parlamentares, em contraponto à falta de valorização de outras categorias. “Não tivemos reajuste do salário mínimo real do Estado de São Paulo, assim como diversas categorias, como da enfermagem e da educação”, afirmou.
Ignorando as falas contrárias, os deputados fizeram um congresso de comissões para aprovar o reajuste de forma mais rápida nas comissões de Constituição e Justiça e Finanças e Orçamento. O texto final foi apresentado pelo deputado Milton Leite Filho (União) e aprovado logo na sequência com 49 votos a favor, incluindo os três sorocabanos.
