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CPI dos Livros convoca mais 14 pessoas para depor nos próximos dias

Redação Porque

A CPI que investiga a compra de milhares de livros no final do governo da prefeita Jaqueline Coutinho (MDB), em 2020, retoma os trabalhos nesta semana, com o depoimento de novas testemunhas. Esta deve ser a última etapa antes da apresentação do relatório final.

Nesta segunda fase de depoimentos, serão convocadas quatorze pessoas, segundo a assessoria do vereador Vinícius Aith (PRTB), que preside a CPI. As pessoas que serão ouvidas nos próximos dias são servidores públicos e sócios da empresa GM Quality Comércio, fornecedora dos livros à Prefeitura. A empresa, destaca a assessoria do vereador, é suspeita de fraudes em processos públicos na área da educação, como pagamento de propinas e superfaturamento, em estados como Pernambuco e Rio Grande do Sul.

Até agora, a CPI já ouviu doze pessoas, entre servidores públicos, o atual secretário da Educação, Márcio Bortolli Carrara, e o corregedor-geral do Município, Carlos Alberto de Lima Rocco Junior. O ponto alto dos depoimentos foi com a ex-prefeita Jaqueline Coutinho, que negou as irregularidades.

Com base no que for apurado durante os depoimentos e nos documentos recebidos, a CPI vai apresentar um relatório final aos demais vereadores em plenário, antes de encaminhar cópia do material aos órgãos competentes, como o Tribunal de Contas, o Ministério Público e o própria Prefeitura.

OUTRO LADO

Em entrevista ao PORQUE, no final do mês passado, o advogado da ex-prefeita, Paulo Soranz, classificou a CPI como um “circo”, um “espetáculo político” montado para desgastar a imagem de Jaqueline Coutinho. Na avaliação do advogado, a CPI dos Livros não produziu nada até agora.

“O que a CPI está fazendo? Até agora, só pegou documentos sigilosos da Corregedoria e os tornou públicos. Nada foi produzido! Chamaram a ex-prefeita para depor, ela foi com a maior boa vontade e na última hora descobrimos que ela foi chamada na condição de investigada. Acho que está mais do que evidente a conotação política desta comissão”, comenta (leia mais aqui).

A grande polêmica produzida pela CPI até agora foi a forma como o vereador Vinícius Aith notificou a ex-prefeita para prestar seu depoimento. O que seria uma simples entrega de um documento se transformou numa espécie de imitação das operações policiais da Lava-Jato, com direito à transmissão ao vivo pelas redes sociais do vereador. Aith fez a notificação às seis horas da manhã, acompanhando de uma viatura da Ronda Ostensiva Municipal e de quatro guardas.

Por causa dessa ação, Jaqueline registrou um boletim de ocorrência e a polícia abriu um inquérito para apurar possível abuso de autoridade do vereador (leia mais aqui).

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