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Com mais de 360 anos, Mosteiro de São Bento é declarado Patrimônio de Sorocaba

Construído em 1660, o conjunto composto pelo Mosteiro de São Bento e pela Igreja de Sant’Anna forma uma das primeiras edificações de Sorocaba, mas só agora ganha status de Patrimônio Cultural Material da cidade

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Apesar dessa omissão de Sorocaba até o momento, o Mosteiro já era tombado como patrimônio histórico pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), do Governo do Estado. Foto: Divulgação/Prefeitura

Depois de mais de 360 anos, a Câmara de Sorocaba decidiu nesta quinta (27) transformar o Mosteiro de São Bento e a Igreja de Sant’Anna em Patrimônio Cultural Material da Cidade. A proposta, do vereador Ítalo Moreira (PSC), ainda precisa ser sancionada pelo prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) para virar lei.

Construído em 1660, o conjunto arquitetônico composto pelo Mosteiro de São Bento e a Igreja de Sant’Anna forma uma das primeiras edificações de Sorocaba, mas só agora ganha status de Patrimônio Cultural Material da cidade. Apesar dessa omissão de Sorocaba, o mosteiro já era tombado como patrimônio histórico pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), do Governo do Estado.

A proposta de Ítalo uniu oposição e situação. A vereadora Iara Bernardi (PT) reforçou a necessidade de manutenção e preservação dos patrimônios históricos da cidade. Já o líder do Governo, vereador João Donizeti (PSDB), ressaltou que o Mosteiro de São Bento e seu entorno são um “patrimônio histórico imensurável e um marco para a cidade, Estado e país”. Outros parlamentares também se manifestaram e defenderam a preservação do patrimônio histórico sorocabano.

Ítalo Moreira lembrou que Sorocaba é a única cidade das Américas fundada em torno de um mosteiro, situação comum na Europa. Ele ressaltou também o papel dos monges beneditinos na educação dos filhos dos primeiros moradores, além de realizar batizados, casamentos e assistência aos moribundos.

O vereador destacou ainda que o Mosteiro de São Bento mantém sua originalidade, não tendo sido reconstruído desde a sua inauguração e, apesar de ter passado por várias reformas, não foi desfigurado e está cada vez mais integrado à história de Sorocaba e de sua gente.

Citando a professora Nancy Ridel Kaplan, doutora em História pela Unicamp e autora do Catálogo do Acervo do Mosteiro de São Bento de Sorocaba, Ítalo Moreira observou que o conjunto arquitetônico atual é composto pela igreja de Sant’Ana, Capela de São Judas Tadeu, Mosteiro de São Bento e a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes.

O vereador enumerou, ainda citando o catálogo, treze obras de arte que integram esse conjunto arquitetônico e que são peças de elevada importância religiosa, histórica, cultural e social.

Outros projetos aprovados

A sessão ordinária desta quinta também aprovou, em segunda e definitiva discussão, outros três projetos de lei. O primeiro deles, de autoria da Prefeitura, define novas regras para o emplacamento de ruas e a numeração de imóveis. O objetivo, segundo o Executivo, é sanar o problema da numeração desordenada das casas, que atinge vários bairros da cidade.

Outro projeto aprovado, de autoria do vereador João Donizeti, obriga as empresas de energia – concessionárias, permissionárias ou terceirizadas – a realizarem manutenção, limpeza e roçagem das áreas em que estão instaladas suas torres de distribuição de energia.

Também de autoria do João Donizeti, a Câmara aprovou projeto que declara de utilidade pública o Instituto Brasileiro de Assistência Apoio Humanização e Desenvolvimento Social (Casa Cattani), com sede no bairro do Éden. A entidade auxilia famílias acometidas por doenças graves, prestando apoio, sobretudo, a paciente oncológicos.

Sessão extra

Logo após a sessão ordinária, foram abertas as sessões extraordinárias, convocadas para votar dois projetos da Prefeitura, um sobre transporte escolar gratuito e outro sobre cesta básica para servidores inativos da Prefeitura.

O projeto do transporte escolar trata do credenciamento de condutores de vans, para atender alunos que moram em locais distantes e com poucos estudantes, onde atualmente, segundo o Executivo, é inviável o deslocamento de ônibus do fretamento.

O líder do governo, vereador João Donizeti, explicou que o projeto é “relativamente simples” e apenas disciplina o transporte escolar no município. O projeto também trata do fornecimento do passe social para pais ou responsáveis pelos alunos menores de 12 anos.

Por fim, a Câmara aprovou o projeto da Prefeitura que normatiza o fornecimento de cesta básica de alimentos aos servidores municipais aposentados e pensionistas. De acordo com o Executivo, a proposta visa garantir, mensalmente, uma cesta básica de alimentos, em caráter complementar, aos servidores inativos e pensionistas que ganham até dois salários mínimos, além de isentá-los de qualquer tipo de desconto em virtude de tal recebimento.

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