É sabido que as eleições de 2022 decidirão não apenas se os brasileiros terão um governo melhor ou pior, mais ou menos sensível às questões sociais, comprometido com as causas prementes da sociedade ou a serviço dos interesses de uma minoria que é capaz de qualquer coisa – até de relegar milhões à fome e ao abandono – para assegurar seus privilégios.
Num cenário como esse, não há espaço para jornalismo neutro ou “sem lado”. É fundamental que os jornalistas e os órgãos de comunicação realmente sérios assumam um protagonismo histórico e tomem partido, colocando-se ao lado do povo e das causas humanitárias, seja na escolha dos temas, seja na busca dos porquês raramente discutidos e revelados.
É nesse sentido, da defesa veemente da democracia, das instituições democráticas e do voto livre e consciente; da cobrança de respeito à legislação eleitoral; da checagem das informações disseminadas por partidos e candidatos; do repúdio veemente a qualquer contestação golpista ao resultado das urnas, que o jornalismo do Porque atuará nas eleições.
Denunciaremos – contando sempre com a colaboração de nossos leitores – práticas obscenas como a propagação de fake news, o uso da máquina administrativa, o tráfico de influência e o abuso do poder político e econômico, que conspiram contra a democracia desde seus alicerces, na medida que induzem os eleitores a escolhas baseadas em mentiras.
A cobertura terá em foco os fatos importantes, evitando-se por princípio os chamados factoides – notícias forjadas com o intuito de atrair a atenção da mídia –, e, quanto a isto, não há que discutir isonomia de espaço, pois, ao longo de uma campanha, os candidatos protagonizam fatos positivos ou negativos, por vezes, independentemente de sua vontade.
Haverá os candidatos que serão notícia e os que não serão notícia, pelo simples fato de que o noticiário é ditado pela dinâmica dos acontecimentos. Por outro lado, caso o Portal Porque promova entrevistas, será assegurada a representatividade daqueles candidatos sintonizados com as causas sociais e que, não tendo respaldo de setores ditos “conservadores”, raramente encontram espaço na mídia.
Registre-se que, embora alinhado com as forças progressistas da sociedade, o Portal Porque não estará a serviço de partidos ou candidatos, com uma única exceção: coerente com sua postura pró-democrática e antifascista, é imperativo que nos posicionemos firmemente contra Jair Bolsonaro e a direita predatória que ele encarna tão bem.