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Mortes em terremoto passam de 33 mil e Turquia se aproxima da pior marca desde 1939

Num cenário em que cidades viraram pó, sobreviventes montam barracas o mais próximo possível de suas casas para evitar saques

Folhapress

Quase uma semana após a tragédia, equipes de resgate ainda tentam encontrar pessoas com vida sob os escombros. Foto: Sertac Kayar

O número de mortos do terremoto que abalou a Turquia e a Síria, na segunda-feira (6) passada subiu para 33.179 neste domingo (12), conforme dados oficiais. O tremor de magnitude 7,8 deixou 29.605 mortos no sul da Turquia, anunciou a agência pública de gestão de catástrofes do país, aos quais se somam 3.574 óbitos registrados na Síria. Com a marca, a Turquia se aproxima de seu recorde histórico – 33 mil perderam suas vidas no terremoto de 1939.

Quase uma semana após a tragédia, as equipes de resgate ainda tentam encontrar pessoas com vida sob os escombros e as autoridades turcas iniciaram ações legais contra empreiteiros de prédios que desabaram. A qualidade das construções em um país localizado em várias falhas sísmicas entrou na pauta do dia após o terremoto.

O vice-presidente Fuat Oktay disse que, até agora, 131 suspeitos foram identificados como responsáveis pelo desabamento de alguns dos milhares de edifícios destruídos nas dez províncias afetadas. “Vamos acompanhar isso meticulosamente até que o processo judicial necessário seja concluído, especialmente para edifícios que sofreram danos pesados e edifícios que causaram mortes e feridos”, afirma.

Num cenário em que cidades viraram pó, os sobreviventes montaram barracas o mais próximo possível de suas casas danificadas ou destruídas para evitar que fossem saqueadas. Recep Tayyip Erdogan, o presidente turco, alertou que os saqueadores serão severamente punidos.

Enquanto isso, na Síria, rebeldes da guerra civil que assola o país há 12 anos agora atrapalham o trabalho de socorro. A ajuda enviada de regiões controladas pelo governo para áreas sob o comando de grupos radicais de oposição foi retida por problemas de aprovação com o grupo islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS), responsável por grande parte da área afetada pelo terremoto, informa a ONU.

O terremoto é o sétimo desastre natural mais mortífero do mundo neste século. Na Turquia, segundo dados oficiais, 80 mil estão internados em hospitais e mais de 1 milhão de pessoas está em abrigos temporários.

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