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Envolvido em caso de nudes falsos diz não temer punição por ser ‘branco e rico’

Cerca de 25 alunas do Colégio Santo Agostinho, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, tiveram imagens adulteradas por meio de nudes falsos criados com inteligência artificial

Rede Brasil Atual

Após a circulação de montagens contendo ‘nudes’ de alunas do Colégio Santo Agostinho, no Rio de Janeiro, a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso. Foto: Reprodução

Uma mãe de aluna do Colégio Santo Agostinho, localizado na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, manifestou preocupação depois que veio a público o caso de “nudes” falsos criados com o uso de IA (Inteligência Artificial) por alunos do colégio. O caso envolveu a divulgação de imagens alteradas de cerca de 25 meninas. A mãe relata que um dos envolvidos na ação teria afirmado que não sofreria punição “porque é branco e rico”.

Segundo a mulher, as fotos começaram a ser divulgadas na sexta-feira (27) passada, mas nenhuma ação foi tomada quando o colégio teve conhecimento do ocorrido. A situação está gerando ansiedade e tristeza nas alunas que estão enfrentando uma semana de provas e não conseguem se concentrar nos estudos. Elas compartilham a mesma sala de aula com os alunos responsáveis pelas edições e se sentem zombadas.

A mãe continua seu relato afirmando que a situação é irreparável e que ela acredita que os alunos responsáveis pelo crime deveriam ser expulsos da escola. Também argumenta que é importante buscar justiça e não permitir que as jovens se calem diante de tais situações, enfatizando que as violações dos corpos femininos não podem ser normalizadas.

A DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) abriu um inquérito para investigar o caso. As vítimas são alunas do 9º ano do ensino fundamental, com idades entre 14 e 16 anos. O colégio informou que está apurando os fatos e adotando medidas previstas no regimento escolar.

Entenda o caso

Após a circulação de montagens contendo “nudes” de alunas do Colégio Santo Agostinho em grupos de WhatsApp, a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso. De acordo com informações, estudantes do 7º ao 9º ano teriam utilizado um programa de inteligência artificial para manipular fotos das jovens, removendo suas roupas e compartilhando as imagens adulteradas.

Pais das estudantes afetadas já prestaram queixa na 16ª DP (Barra da Tijuca) e na DPCA, que está encarregada do caso. A investigação aberta apura se os envolvidos podem responder por crime análogo à simulação e participação de crianças ou adolescentes em cena de sexo explícito, ou pornográfica.

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