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Distribuição de insulina rápida deve ser normalizada a partir da semana que vem

Ministério da Saúde anuncia compra emergencial de mais de 400 mil doses, que serão distribuídas a estados e municípios

Raquel Lopes (Folhapress)

O medicamento de uso contínuo corria risco de desabastecimento, conforme a versão oficial, devido à ausência de interessados em vendê-lo para o governo. Foto: Reprodução

O Ministério da Saúde assinou contrato para a aquisição de 473 mil insulinas análogas de ação rápida para o tratamento de pessoas que vivem com diabetes. A previsão é que a remessa seja distribuída para todos os estados e para o Distrito Federal a partir da próxima semana.

A pasta disse, em nota, que a empresa Novo Nordisk pode fazer a entrega do produto em até 60 dias após a assinatura do contrato pela regra do pregão. No entanto, diante da dificuldade de aquisição do medicamento e risco de desabastecimento, houve o pedido de antecipação da entrega.

A reportagem da Folha de S.Paulo revelou que poderia faltar insulina para diabetes nos estados porque o estoque do ministério acabaria em abril. Em maio, já houve a falta do produto em alguns estados.

As mais de 400 mil doses de insulina complementarão o abastecimento da rede, juntamente com as 1,3 milhão de doses da aquisição emergencial internacional que teve contrato assinado em maio.

A previsão é que essa remessa seja entregue até 9 de julho.

As insulinas análogas de ação rápida foram incorporadas ao SUS em 2017 após aprovação da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde).

Sociedades e entidades médicas e representativas de pessoas com diabetes não recomendam a substituição da insulina análoga pela insulina humana regular, que pode aumentar o risco de hipoglicemias graves e noturnas, por exemplo.

Como a Folha mostrou, o risco do desabastecimento foi alertado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e ocorreu porque não houve propostas nos pregões abertos em agosto do ano passado e em janeiro deste ano.

O Ministério da Saúde disse ao TCU que, diante do insucesso das licitações realizadas na gestão do governo Bolsonaro, optou por realizar a compra direta emergencial do produto, em janeiro deste ano, para impedir o desabastecimento.

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