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Vice-campeão nos Regionais, Pró-Esporte Sorocaba sofre no Paulista e na LBF

Basquete feminino de Sorocaba, que um dia brilhou com Hortência, Marta, Vanira, Branca e companhia, hoje enfrenta dificuldades

Rivail Oliveira (Portal Porque)

Equipe deve disputar a Copa São Paulo no primeiro semestre. Foto: Divulgação

O basquete feminino de Sorocaba, que já brilhou nas quadras com a Minercal e trazia no elenco estrelas nacionais e internacionais como Hortência, Branca, Ana Mota, Vanira, Marta, Deborah Lee, Charlotte, entre outras, busca literalmente “ressurgir das cinzas”. A modalidade, hoje representada pelo Pró-Esporte, enfrenta inúmeras dificuldades, principalmente a falta de apoio financeiro, mas o presidente e técnico Márcio Antônio da Silva, o Marcinho, já avisou que não vai desistir do projeto que está em prática desde 2018.

A temporada 2022 não foi das melhores. A destacar apenas o vice-campeonato dos Jogos Regionais e a revelação de algumas jogadoras, pois o time deixou a desejar no Campeonato Paulista Divisão Especial e na Liga de Basquete Feminino (LBF). Sem respaldo, o Pró-Esporte não lembra nem de perto aquela equipe que por quase uma década – de 1984 a 1993 – conquistou títulos internacionais e era a base da seleção brasileira.

No entanto, Marcinho não perde a esperança de dias melhores e espera, em 2023, ter o apoio necessário para seguir com o projeto que, mesmo diante de tantos obstáculos, ainda assim consegue revelar jogadoras. “Isso mostra que se a modalidade tiver mais apoio financeiro, pode, senão voltar aos bons tempos, pelo menos fazer campanhas mais competitivas”, acrescenta.

Ao PORQUE, ele ainda fez um balanço da temporada que terminou e revelou as expectativas que tem com relação ao futuro. Confira:

Como foi 2022?

“Coletivamente falando, nossos resultados não foram bons, mas tivemos algumas jogadoras que se destacaram. Mônica Nascimento, por exemplo, foi a reboteira da LBF e escolhida para o Jogo das Estrelas. Já a Jeniffer Nonato figurou entre as melhores reboteiras e foi a jogadora com mais ‘duplo-duplo’ [soma de pontos, assistências, rebotes, tocos e roubos de bola] da Liga”.

Campanha no Paulista

“No Paulista tivemos uma equipe ainda mais jovem e conseguimos dar oportunidade para outras atletas se destacaram, sendo elas Larissa Abreu, que foi a terceira reboteira do campeonato, Rafelle Marciano, eleita a revelação da competição, e ainda Luana Sereninha Herculano que, com apenas 17 anos, ganhou bastante espaço na equipe principal”.

Ausência sentida

“Durante o ano sentimos a falta da nossa principal jogadora, a Aruzha Michaski. Ela jogou a LBF com muitas dores no joelho e no Paulista não pode atuar, pois teve de fazer uma artroscopia no joelho. Sem ela, o rendimento coletivo da equipe caiu bastante”.

O que esperar para 2023?

“Para 2023, como nosso investimento é um dos menores do País, além de manter a equipe ativa, continuaremos o trabalho de abrir espaço para novas atletas”.

O apoio é urgente

“Infelizmente ainda não sabemos se teremos condições de disputar a Liga de Basquete Feminino em 2023, pois o campeonato é longo, caro e, para isso, precisamos de apoio financeiro. Atualmente, apenas dez equipes jogam a LBF. Isso mostra a dificuldade para um país de mais 200 milhões de habitantes e que tem tanta história no basquete feminino. Se realmente não entrarmos na Liga, vamos optar pela Copa São Paulo no primeiro semestre e pelo Paulista no segundo”.

Trabalho para o ano que vem continuará sendo o de revelar atletas. Foto: Divulgação

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