
Nova Esperança (foto), vice-lanterna do Grupo A e na iminência de rebaixamento, contava com a eliminação do Maria Eugênia para se salvar da degola. Foto: Jesus Vicente/Porque
Está marcada para manhã deste domingo (10) a sétima e antepenúltima rodada da primeira fase da Taça Cidade, a primeira divisão do futebol amador de Sorocaba. As disputas para se chegar à segunda fase da competição e para se fugir do rebaixamento têm esquentado os bastidores da competição e provocado tensão entres os clubes.
O torneio reúne 19 equipes divididas em dois grupos. Os quatro primeiros de cada grupo passam para a segunda fase e os dois últimos são rebaixados para Taça Palácio dos Tropeiros, a segunda divisão da várzea sorocabana.
O clima
O Nova Esperança, por exemplo, com apenas 1 ponto e na vice-lanterna do Grupo A, na iminência do rebaixamento, ensaia entrar na Justiça Comum para pedir a eliminação do Maria Eugênia, 7° colocado com 6 pontos. Um recurso na Justiça Comum paralisaria a competição imediatamente.
O Nova Esperança cobra a eliminação do Maria Eugênia com base no relatório do árbitro Waldir Sandri Júnior, que citou na súmula do jogo Dálmatas x Maria Eugênia, válido pelo sexta rodada, que ele encerrou aos 15 minutos do primeiro tempo, que foi cercado por jogadores do Maria Eugênia e que recebeu “um chute fraco na panturrilha”.
A Lei 8.474/2008, que rege a várzea sorocabana, prevê suspensão do atleta que agredir fisicamente a arbitragem e a eliminação da equipe a qual o agressor pertence. Mas, na mesma súmula, o Sandri escreveu que não “foi possível identificar o agressor”.
Pouco depois de ter tido acesso à súmula de Sandri, Fábio Diebe, o Grão, diretor do Nova Esperança, enviou áudio no grupo do clube celebrando o rebaixamento do Maria Eugênia, o que facilitaria a permanência do seu time na primeira divisão da várzea sorocabana no ano que vem.
Mas a Secretaria de Esportes do Município não considerou a súmula do árbitro Waldir Sandri e o caso não foi a julgamento. A Secretaria alegou que não houve pedido de impugnação da partida pelas partes envolvidas e, com isso, já remarcou a partida para o dia 2 de novembro.
O não julgamento do Maria Eugênia foi a base da nova postagem de Fábio Grão, que além de escrever que “a partir de agora podemos bater em qualquer arbítrio sem nenhuma punição”, ainda fez insinuações de possível conchavo para que a súmula de Waldir Sandri fosse ignorada e o jogo remarcado.