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Supercampeã começa a mudar os rumos do handebol feminino de Sorocaba

Técnica Aline Pará faz balanço da temporada 2022 do Ser Unimed, projeto que teve início em 2016 e que hoje rende frutos

Rivail Oliveira (Portal Porque)

Aline Pará fala dos desafios que a equipe terá pela frente na próxima temporada. Foto: Divulgação

A temporada 2022 da equipe feminina de handebol do Ser Unimed não poderia ser melhor. O projeto já começou a render muitos frutos. Prova disso são as inúmeras conquistas: campeã dos Jogos Abertos do Interior, dos Jogos Regionais, vice-campeã adulta – chegando pela primeira vez à final do Estadual – e encerrando o ano entre os três melhores times do País.

À frente de um período de tantas vitórias está a técnica e ex-jogadora de renome na modalidade, com o currículo recheado de títulos, Aline Waleska Lopes Rosas, a Aline Pará. Natural de João Pessoa, Paraíba, ela fez um balanço da temporada ao PORQUE e falou dos desafios que o Ser Unimed terá pela frente. Confira:

O ano de 2002

“Esse ano foi satisfatório. A gente conseguiu chegar em todas as finais das competições regionais e saiu com título dos Jogos Abertos diante do São Bernardo que já vinha ganhando cinco anos consecutivos. Também chegamos à final do Paulista Adulto, assim como no Paulista Júnior, mas nesta competição, infelizmente, não saímos com o título. Além disso, disputamos a Liga Nacional pela primeira vez e medalhamos. Não temos do que reclamar, mas poderíamos ter alcançado um resultado melhor na Liga Nacional, pois ficamos fora da final pelo saldo de gols”.

O grupo de jogadoras

“Nosso grupo de jogadoras se tornou uma família incrível. A gente lutou até o final e as meninas em nenhum momento desistiram de nada. Então acho que foi tudo um aprendizado. Eu aprendi demais com elas e elas aprenderam demais comigo”.

Carreira vitoriosa

“Como atleta comecei a jogar muito cedo, com dez anos de idade, lá em João Pessoa, Paraíba. Com 16 já estava em São Paulo e com 17 na Seleção Brasileira Júnior e de lá [da seleção] só fui sair aos 32 anos depois de ter uma grave lesão no ombro. Fui a sete mundiais, sendo cinco adultos; dois Jogos Pan-Americanos – Santo Domingo (2003) e Rio de Janeiro (2007) – e dois Jogos Olímpicos – Atenas (2004 e Pequim (2008). Também fui pentacampeã da Liga Nacional”.

Desafio de ser treinadora

“Estou vivendo a primeira experiência como técnica. A diferença é grande e dá muita vontade de relembrar todos os momentos que eu vivi dentro da quadra como jogadora. É um desafio muito grande depois de muitos anos jogando a Liga Nacional. Há situações que as meninas estão passando e que eu já passei e aí eu sei como resolver. Eu tenho que aprender muito ainda e é por isso também que as minhas perspectivas para 2023 são as melhores”.

Trabalho de formiguinha

“O time de Sorocaba é novo. A gente está há seis anos buscando ser o mais profissional possível e ganhar as competições para ter o nosso espaço aqui na cidade. No entanto, também precisamos do apoio da mídia e de patrocinadores que nos ajudem nessa caminhada. É um trabalho de formiguinha que vem desde 2016. Nunca desistimos, mas falta muito para crescermos. Temos um projeto para melhorarmos os resultados, obtermos mais parceiros e só fazer crescer o handebol em Sorocaba”.

Propostas e o ‘fico’ em 2023

“Eu fico até 2023 à frente da equipe como técnica. Propostas a gente sempre fica ouvindo por aí, mas em nenhum momento passou pela minha cabeça deixar a equipe de Sorocaba até porque eu estou aqui desde o início junto com Ana Maria [coordenadora do projeto]. Vamos pensar em 2023 e buscarmos melhorar os resultados, seguindo com os apoios dos nossos patrocinadores, incentivadores e, principalmente, da Prefeitura de Sorocaba”.

O próximo ano

“Com todas essas conquistas a perspectiva para o ano que vem só aumenta, mas agora temos de descansar, pensar muito no que foi positivo e negativo e rever certas situações para vir ainda mais forte em 2023. A gente não pode se acomodar até porque em quatro competições no Adulto, em duas fomos campeãs e nas outras duas obtivemos um segundo e um terceiro lugar. Queremos melhorar isso”.

Time comemora a conquista do terceiro lugar na Liga Nacional. Foto: Divulgação

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