
Kathellen, Marta e Debinha conversam durante treinamento realizado no Gold Coast: seleção está pronta e confiante. Foto: Thais Magalhães/CBF
Neste domingo (23), a técnica Pia Sundhage e a lateral Tamires concederam a última coletiva de imprensa antes da estreia do Brasil na Copa do Mundo, nesta segunda-feira (24), às 8h (horário de Brasília), contra o Panamá. A comandante da Canarinho destacou a evolução da equipe e a importância de não subestimar nenhum adversário.
Desde que assumiu o comando da seleção em 2019, Pia Sundhage tem trabalhado para desenvolver um estilo de jogo mais confiante e eficiente. Os últimos resultados alcançados pelas jogadoras têm reforçado a crença da técnica em uma equipe capaz de chegar longe na competição.
“Estamos muito felizes com os últimos dois resultados porque o jogo está na nossa linha de confiança. Podemos olhar para cada um, é um pouco diferente de um ano atrás. Então, nós tivemos uma linha de começo similar. E, por favor, aproveite o jogo. Se nós fizermos isso teremos uma grande chance de ganhar amanhã [segunda-feira]. Na verdade, nós vamos ganhar muitos jogos. Se nós juntarmos um ataque lindo e uma defesa muito sólida”, diz Pia.
A treinadora também enfatizou a importância da mescla entre gerações de jogadoras na equipe. Sendo uma das jogadoras veteranas do grupo, Marta, tem sido uma peça-chave no processo de união entre as jogadoras mais experientes e as mais jovens.
“Marta é uma jogadora especial em um time especial e eu acho que a palavra-chave é ‘juntas’ e, como todos vocês sabem, se a gente tem muita energia na sala, é contágio e é isso que está acontecendo com o time agora. Temos alguns jogadores jovens e alguns jogadores, como Marta, que têm experiência, e essa mistura, provavelmente, vai nos ajudar a ganhar o próximo campeonato”, acrescenta Pia.
A lateral Tamires também falou sobre o apoio entre as jogadoras e a importância de jogarem unidas como uma equipe. Ela destacou que a união é um dos fatores essenciais para enfrentar os desafios que surgirão durante a competição.
“A gente conversou e falou, ser vulnerável aqui, ter medo é normal, faz parte do jogo, a gente vai se ajudar. O que não podemos é ter preciosismo. Então, não pode uma querer ser melhor que a outra. O ego não pode falar mais alto. Temos de estar juntas o tempo todo, porque Copa do Mundo se joga em equipe e se vence em equipe”, enfatiza.
A jogadora da Canarinho também celebrou o crescimento do futebol feminino no Brasil e no mundo desde a Copa de 2015. Ela ressaltou a maior visibilidade e investimentos no esporte, o que demonstra mais uma conquista para a modalidade.
“Fora de campo, eu também vi essa visibilidade acontecendo, esses investimentos acontecendo. Por exemplo, na Copa de 2015 a gente jogou no Canadá e a gente tinha apenas uma jornalista lá. Hoje olha quantas jornalistas nós temos aqui. Isso tem sido muito positivo e as atletas também têm entendido a sua responsabilidade de vestir essa camisa. A soma disso tudo tem sido muito gratificante estar aqui podendo viver tudo isso”, comemora.