
Paraná em dois momentos com o Rei do Futebol: na seleção e após um clássico entre Santos e São Paulo. Fotos: Arquivo pessoal
Ex-jogadores, esportistas e profissionais de Sorocaba que trabalham com o esporte lamentaram, na noite desta quinta-feira (29), o falecimento de Edson Arantes do Nascimento, ou simplesmente o Pelé, aos 82 anos. Ele, que estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, morreu em decorrência de falência de múltiplos órgãos, ocasionada por complicações de um câncer no cólon.
Paraná, ex-ponta-esquerda que começou a carreira no São Bento, se destacou ainda com a camisa do São Paulo e disputou a Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, afirma que, até hoje, ninguém faz a metade do que o Pelé fazia durante as partidas e independentemente do adversário. “Tive o privilégio de jogar com o Pelé na seleção paulista e na seleção brasileira”, lembra.
O ex-ponta, que passa férias em Ilha Comprida, distante cerca de 200 quilômetros de Sorocaba, contou ao PORQUE por telefone que o Rei do Futebol costumava orientar os companheiros em campo. Paraná, por diversas vezes, jogando contra ou a favor, presenciou Pelé ensinando os demais jogadores, inclusive finalização quando ficavam frente a frente com o goleiro. “Infelizmente o maior jogador de todos os tempos nos deixou, mas esta é a vida”, acrescenta.
Para o radialista Nilson César, Pelé está muito acima dos demais jogadores, inclusive os atuais. “Se tivesse de fazer um ranking, ele estaria na primeira colocação e bem distante do segundo colocado que, para mim, seria o Messi e depois o Maradona”, compara. “É o maior jogador de todos os tempos, sem sombra de dúvidas.”
Nilson acredita que o Rei do Futebol seria ainda maior do que foi se tivesse a visibilidade que os demais têm hoje, com a ampla divulgação pelas redes sociais. “Imagine o Pelé com a chuteira, a bola, fisiologia, gramados de hoje. Iria marcar mais de três mil gols na carreira”, atesta. “O Pelé não foi o primeiro. Foi o primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto e só depois vem os demais.”
Em sua página no Facebook, o jornalista sorocabano Doraci Sola Galera, o Dorinha, por quase duas décadas editor de esporte do centenário Jornal Cruzeiro do Sul, postou: “Quem teve a sorte de ver Pelé jogar certamente irá concordar comigo: o futebol nunca mais será o mesmo”.
Por sua vez, o também jornalista e colaborador do PORQUE, Rivail Oliveira, escreveu: “Comentaram um dia que o Brasil tinha três lendas vivas: Roberto Carlos, Silvio Santos e Pelé. Restam duas agora. Vida longa aos que ficaram”.
Jornalista e cronista esportivo, Juca Kfouri lembra que o jornal francês L’Équipe elegeu o eterno camisa 10 do Santos e da seleção brasileira como o “Atleta do Século”. Clique aqui e leia mais sobre este artigo.

Nilson César ao lado do eterno camisa 10 em um hotel na Itália, em 1990. Foto: Arquivo pessoal

‘Atleta do século’ recebe homenagem de Paraná e do atual secretário de Esporte de Sorocaba, Pedrinho Souza. Foto: Divulgação