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‘Futebol é resultado’, afirma diretor para justificar possível dispensa de técnico

Péssimo desempenho do São Bento na Copa Paulista 2023 deve causar a demissão de Fábio Toth ainda nesta semana; em oito jogos disputados, time não ganhou nenhum

Marcelo Macaus (Portal Porque)

Diretor de futebol profissional Juliano Amorim lamenta o mau momento da equipe e adianta que muitas mudanças terão de ocorrer no clube visando à Série A-2. Foto: Neto Bonvino/Bento TV

Uma reunião entre diretores do São Bento, ainda nesta semana, deve colocar um ponto final à passagem do técnico Fábio Toth pelo clube sorocabano. Pesa na possível dispensa o fato de a equipe fazer uma péssima campanha na Copa Paulista 2023. Em oito jogos até aqui foram cinco empates e três derrotas.

No início da tarde desta terça-feira (22), o diretor de futebol profissional, Juliano Amorim, lamentou o mau momento da equipe. Disse que não esperava o fraco desempenho e que a diretoria buscava um trabalho diferenciado. Prova disso, explica ele, foi a aposta justamente em Fábio Toth, um técnico que, na visão de toda a diretoria, pensava o futebol de uma maneira moderna, com métodos avançados de treinamentos e que conduzia bem o dia a dia com o elenco. O problema, acrescenta o cartola, é que os resultados não vieram dentro de campo.

“A gente entende que o trabalho não deu certo, pois o futebol é feito de resultados. O torcedor quer resultados. Muitas mudanças vão ter de ocorrer no clube já pensando na Série A-2 do Paulista”, comenta.

Com relação às críticas

Além do péssimo desempenho do time na Copa Paulista, Juliano Amorim também é alvo de críticas por parte da torcida. O trabalho do diretor de futebol profissional vem sendo muito questionado nos últimos dias.

Juliano se defende. Alega que o trabalho no São Bento é executado por um grupo limitado de pessoas que pensa em fazer o melhor todos os dias. “Nós [se referindo à atual diretoria] recuperamos um clube que poderia ter acabado”, afirma.

Conforme ele, a completa reforma do Complexo Esportivo Humberto Reale é fruto do trabalho dos atuais diretores. “Hoje nós temos 20 jogadores que são ativos do clube e, em três anos, equalizamos cerca de R$ 5 milhões em dívidas”, conta.

Juliano ressalta que, tanto na Copa Paulista quanto no Campeonato Paulista, não faltou estrutura aos jogadores. Garante que os salários e premiações estão em dia e que o elenco tinha comida boa, alojamentos bons e logística boa. “Mesmo assim tudo deu errado”, lamenta.

Para ilustrar o inconformismo, destaca que em 2020, no acesso à Série A-1, havia um desgaste muito grande entre jogadores e comissão técnica e, em 2022, os atletas estavam com salários atrasados, alguns tiveram de ir morar no Humberto Reale e, ainda assim, o time também subiu.

“No Paulistão deste ano, começamos bem e caímos. Na Copa Paulista, o treinado não refletiu dentro de campo. Você até se questiona se fazendo tudo da forma correta é o que vai trazer o resultado final”, conclui.

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