
A pequena Maria Laura começou a treinar ginástica rítmica em janeiro do ano passado; desde então, ganhou três medalhas de destaque em campeonatos. Foto: Divulgação
A promissora ginasta sorocabana Maria Laura, 9 anos, vem se destacando em campeonatos nos últimos dois anos. Vista como prodígio pela família, ela entrou no esporte em janeiro de 2022 por ser uma criança “muito animada, sempre dando piruetas”, como conta a mãe, Juliana Pereira Barros Pacheco. Com o sonho de seguir carreira como ginasta, a pequena atleta vai enfrentar seu maior desafio em outubro deste ano: ela irá participar de um campeonato de nível estadual.
Maria Laura entrou no mundo das competições apenas três meses depois de começar as aulas de ginástica, na escola Dance – Estúdio de Dança, localizada no Jardim Wanel Ville. Seu primeiro campeonato foi em Cubatão, em abril de 2022, um evento da Liga Metropolitana de Ginástica, no qual ganhou a Medalha de Destaque na categoria “Mãos livres”. No mesmo ano, ela conquistou a mesma colocação no Torneio de Primavera, em Santa Bárbara D’Oeste, em duas categorias: mãos livres e bola.
Já em 2023, Maria Laura participou novamente do Torneio de Primavera, desta vez em Atibaia, garantindo o destaque nas categorias mãos livres e arco. Juliana explica que as colocações destas competições não são feitas como nas de adultos. As melhores avaliadas ganham medalhas de destaque.
“As meninas são classificadas por idade e, assim, se apresentam. Por exemplo: tiveram 30 meninas inscritas para ‘mãos livres’, nascidas em 2014. Destas, eles [jurados] escolhem as melhores, que ganham a medalha de destaque”, conta Juliana.
A mãe da jovem atleta acredita que a diferença nas premiações seja por conta da idade. “Eles não as categorizam por primeiro, segundo e terceiro lugar, pelo menos, não lá na hora de entregar as medalhas. Acredito que por serem bem pequenas ainda e estarem aprendendo a lidar com estas questões”, explica.
Porém, neste ano, a promissora ginasta está se preparando para uma competição de nível mais avançado, como relata a mãe. “Ela irá participar, em 28 de outubro, em São Bernardo, do GR Brasil. Será a primeira competição dela neste nível.”
Ainda segundo Juliana, esta será uma ótima experiência para a filha. “A professora até nos falou para ir preparando ela, que se o destaque não vier, vale a experiência por ser a primeira vez com meninas de nível mais avançado.” Juliana acrescenta ainda que esta é uma das maiores competições do Estado de São Paulo.
Apesar das conquistas, a rotina da jovem ginasta ainda não é tão intensa devido à pouca idade. Ela faz duas aulas semanais com duração de uma hora. No entanto, em períodos próximos aos campeonatos, a rotina muda um pouco. “A aula pode durar até duas horas e, se precisar de mais dias durante a semana, a professora vai me falando, mas ainda não pode ser muito puxado devido à pouca idade”, avalia.
Contudo, Maria Laura parece não concordar muito com a mãe, pois ela leva a ginástica até mesmo para as horas de descanso com a família. “Em casa, ela treina o tempo todo. Enquanto não consegue melhorar determinadas técnicas não pára. Eu já tive até que pedir para a professora intervir e falar com ela para maneirar um pouco em casa, porque só eu falando não resolve”, revela Juliana.
Família
Maria Laura mora com a mãe, Juliana, o pai, José Pacheco, e a irmã mais nova, Vitória, 2 anos, que já a admira e fala em seguir seus passos como “ginacata”, se diverte Juliana ao contar. Ela passa as manhãs com os avós, que ficam admirados ao ver a neta “fazendo as piruetas dela e treinando” o tempo todo. Já à tarde, ela vai para a escola.
A filha, que reflete o sonho de ser uma ginasta profissional na dedicação durante os treinos – que se estendem até mesmo para as horas em que ela poderia ser uma criança comum brincando com o smartphone ou jogando vídeo game –, é vista como um prodígio pela família e conta com todo o seu apoio.
Juliana faz tudo o que pode para acompanhá-la e incentivá-la. “Sou muito ‘coruja’, vou junto nas competições, até porque ela ainda tem nove anos, acho que não dá pra soltar sozinha.”
Despesas
A mãe, que trabalha como auxiliar administrativo, se preocupa com os custos mais altos que virão caso a filha suba de nível. “Damos duro e, por enquanto, estamos conseguindo bancá-la, mas sabemos que se tudo der certo e ela passar para um nível mais alto precisaremos correr atrás de ajuda e patrocínio”, diz.
Maria Laura sonha em passar por todas as modalidades da ginástica. Para isso, Juliana reforça a importância de conseguir patrocínios para que a escola Dance, na qual a filha treina, consiga representar a cidade em mais torneios.
A mãe explica ainda que no ano que vem a filha poderá participar de mais competições, o que elevará os gastos. “Com o crescimento da Maria, a professora falou que ano que vem ela já poderá começar a participar de mais tipos de competições, mas isso exige mais investimento, porque são torneios bem maiores.”
Aqueles que puderem contribuir ou quiserem mais informações podem entrar em contato com Emanuele Bárbara, dona e professora da escola, pelo telefone: (15) 98135-6121. O unidade também pode ser encontrada no Instagram (@dance.estudio).