
Representantes dos clubes sugeriram que vereadores também tentem melhorar o orçamento da Secretaria de Esportes. Foto: Assessoria/Câmara
Adequado pela última vez em 2017, o Código de Justiça Desportiva no Município de Sorocaba (CJDMS), uma espécie de cartilha disciplinar voltada às equipes que disputam os campeonatos de futebol varzeano, foi tema de uma audiência pública, na noite desta terça-feira (4), na Câmara Municipal.
A reunião, que contou com a presença do secretário de Esporte e Qualidade de Vida de Sorocaba, Pedro Souza, bem como de outros representantes da pasta, foi proposta pela Comissão de Cultura e Esportes do Legislativo, formada pelos vereadores Fausto Peres (Podemos), Fábio Simoa e Silvano Júnior, ambos Republicanos.
Entre outras coisas, ficou definido que alguns artigos do CJDMS devem ser revistos e alterados para entrarem em vigor já a partir de janeiro de 2023. A punição para times cujos torcedores invadam o campo, além das regras que estabelecem o W.O. (quando uma equipe não comparece para jogar) e o rebaixamento, são alguns exemplos.
Os representantes dos clubes – em Sorocaba há cerca de 200, mas nem metade disso se fez representado na Câmara – também sugeriram que os vereadores busquem, por meio de emendas, aumentar o orçamento 2023 previsto para a Secretaria de Esporte e Qualidade de Vida. Eles entendem que, com mais investimentos, as competições tendem a melhorar.
No entanto, para o diretor do Esporte Clube Enquadros, Nir Escolpione, a solução seria terceirizar a organização dos campeonatos. Na cidade há pelo menos uma entidade apta a realizar este trabalho: a Liga de Futebol Amador de Sorocaba (LIFAS). “Melhoraria a premiação, a qualidade da arbitragem e diminuiria a burocracia”, afirma.
O diretor do América Futebol Clube, Paulo Ribeiro, aprovou a iniciativa da Comissão de Cultura e Esportes da Câmara e espera que outras audiências semelhantes sejam promovidas. “Deixo a reunião esperançoso de que podemos ter competições melhores em todos os sentidos a partir do ano que vem”, diz.
Apesar de este não ser o tema central da audiência pública, o secretário Pedro Souza teve de ouvir muitas críticas com relação à arbitragem, que vem desagradando a todos na atual temporada. “Vi pontos positivos nesta reunião, fiz sugestões que, posteriormente, pretende documentá-las, mas realmente se perdeu muito tempo falando dos árbitros”, ressalta o advogado Marcos Latino, torcedor do Novo Horizonte. Além disso, ele fez uma ressalva: “Para mim, não ficou claro o que será mudado no Código de Justiça Desportiva.”