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Crescem pagamentos por aproximação. Confira os cuidados para não sofrer prejuízo

Entre as estratégias de proteção estão: definir um valor máximo para pagamentos automáticos sem senha e verificar, atentamente, qual o valor cobrado na máquina antes de aproximar o cartão

Adriano Ferreira (Folhapress)

Segundo a Abecs, os pagamentos por aproximação saltaram de 19,4% em setembro de 2021 para 37,7% em setembro de 2022. Há dois anos, a modalidade representava apenas 3,9%. Foto: Banco de imagens/ Freepik

Cresce o uso de cartão por aproximação e, por isso, cuidados são necessários para se proteger e não cair em golpes. No pagamento por aproximação, o cliente libera o gasto ao encostar o chip do cartão no leitor da máquina, sem precisar digitar a senha, a dependendo do valor.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), os pagamentos por aproximação saltaram de 19,4% em setembro de 2021 para 37,7% em setembro de 2022. A previsão é que cheguem à metade das transações ainda neste ano. Há dois anos, a modalidade representava apenas 3,9%.

Marcelo Nagy, perito digital e professor de forense computacional da Universidade Presbiteriana Mackenzie, afirma que existem precauções básicas que todo consumidor deve ter para se proteger. Entre elas:

1) Limitar o valor da transação: não há uma regra única, mas os bancos costumam estabelecer um limite máximo de até R$ 200 para pagamentos por aproximação sem senha.

Segundo Nagy, o consumidor deve definir um valor máximo em que são permitidas as transações por aproximação sem senha. Caso o cliente opte por limitar a R$ 50, por exemplo, só serão liberadas compras por aproximação até esse valor. Caso a conta seja mais alta, a senha será exigida. Assim, é possível evitar prejuízos altos caso o cartão caia nas mãos de terceiros.

Se o banco não permitir alterar o limite máximo para transações por aproximação, o consumidor pode pedir para desabilitar a função.

2) Observar o valor cobrado no visor da máquina. A Abecs recomenda que, antes da compra, o consumidor olhe sempre para o valor cobrado no visor da máquina e confira as informações. Caso a máquina esteja com o visor quebrado, recomenda-se não finalizar a compra. Só aproxime o cartão depois de confirmar o valor e não entregue o cartão nas mãos de outra pessoa.

3) Avaliar contratar um seguro. Nagy sugere que os consumidores considerem contratar o serviço antifurto para o cartão. Assim, caso o cartão seja furtado ou roubado, basta fazer um boletim de ocorrência e acionar o seguro.

O que dizem os grandes bancos

O Bradesco afirma que segue a padronização da indústria de pagamentos que autoriza transações por aproximação de até R$ 200. O cliente pode ativar ou desativar o recurso e até mudar o valor.

Segundo o Bradesco, outra medida de segurança é que o cartão é entregue bloqueado ao cliente. Para utilizá-lo, é necessário realizar o desbloqueio pelos canais de atendimento. Para liberar o uso do pagamento por aproximação, é preciso que o cartão esteja desbloqueado e com a primeira transação realizada com chip e senha.

O Santander também afirma que segue a padronização e que prevê um limite de pagamento de até R$ 200. Esta função está habilitada desde o primeiro uso. O usuário pode optar por bloquear esta funcionalidade pelos canais de atendimento ou alterar o valor.

O Banco do Brasil afirma que seus cartões também têm limites de R$ 200 no pagamento por aproximação. O cliente pode ativar ou desativar no app Ourocard, WhatsApp BB, pela central de relacionamento ou nas agências. Os limites podem ser alterados pelo cliente.

A Caixa Econômica afirma que compras por aproximação de até R$ 200 não exigem o uso de senha e que o cartão vem bloqueado para uso em transações por aproximação. O desbloqueio é realizado após a primeira compra realizada partir da leitura do chip e uso da senha nas maquininhas. Após habilitação, o cliente poderá ativar ou desativar a função pagamento por aproximação por meio do Internet Banking ou em uma agência da Caixa.

Os limites de compras são definidos após análise de critérios de segurança do banco. Se o valor for maior que R$ 200, ou se forem feitos mais de 20 pagamentos por aproximação no dia, ou o valor somado das compras superar R$ 3.000, será exigida a senha.

O Banco Itaú informou que o limite para compras presenciais com cartão sem senha é de R$ 200. Para valores acima disso, é solicitada a digitação de senha, sendo que não existe limite específico para este tipo de transação.

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