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Após ‘pausa eleitoral’, inflação mantém alta. Alimentos e combustíveis sobem

Com exceção do gás veicular, preços dos combustíveis voltaram a subir após "trégua" de cinco meses

Vitor Nuzzi (Rede Brasil Atual)

A inflação subiu em todas as regiões pesquisadas pelo IBGE, chegando a 0,78% em Recife e Brasília, já a menor variação mensal foi registrada em Curitiba com 0,11%. Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil

A deflação que durou alguns meses e serviu de propaganda eleitoral para o governo acabou. Pelo segundo mês seguido, a “prévia” da inflação subiu, com destaque para alimentos e planos de saúde. Os combustíveis, também, voltam a aumentar de preço. Assim, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,53% em novembro, bem acima do mês anterior (0,16%). Agora, soma 5,35% no ano e 6,17% em 12 meses, ou seja, de novembro a novembro. Os resultados foram divulgados nesta quinta-feira (24) pelo IBGE.

Entre os grupos que compõem o indicador, apenas comunicação ficou em patamar estável. Os demais registraram alta, principalmente alimentação e bebidas (0,54%) e saúde e cuidados pessoais (0,91%). Somados, representaram 0,12 ponto percentual.

Ainda no grupo de alimentação, o IBGE cita a alta dos itens para consumo em domicílio. Casos de tomate (17,79%), cebola (13,79%) e batata inglesa (8,99%). Já as frutas subiram 3,49%, em média, com impacto de 0,04 ponto. O leite longa vida caiu novamente (-6,28%).

Gasolina e etanol: alta

No grupo transportes (0,49%), os preços dos combustíveis voltaram a subir (2,04%), após cinco meses. A gasolina foi de -5,92% para 1,67%. Sozinha, representou 0,08 ponto, o maior impacto individual de novembro. Também aumentaram os preços do etanol (6,16%) e do óleo diesel (0,12%). A exceção foi o gás veicular (-0,98%).

Ainda nesse grupo, os preços das passagens aéreas recuaram 9,48%, após subir 28,17% em outubro. O impacto foi de -0,08 ponto. Também tiveram queda os itens transporte por aplicativo (-1,04%) e automóveis usados (-0,82%).

Vestuário e energia também sobem

No grupo vestuário, o de maior alta no mês (1,48%), apenas a categoria joias e bijuterias apresentou queda (-0,04%). As roupas femininas tiveram aumento médio de 1,93% e calçados e acessórios, de 1,44%. Impactos de 0,03 e 0,02 ponto, respectivamente.

Habitação passou de 0,28%, em outubro, para 0,48%. As principais influências vieram do aluguel residencial (0,83%) e da energia elétrica (0,44%). Já a taxa de água e esgoto subiu 0,55%, com reajustes no Rio de Janeiro e em Porto Alegre.

Em comunicação (0,00%), o IBGE apurou alta nos planos de telefonia fixa (2,40%) e em serviços de streaming (3,09%). Por outro lado, queda em aparelhos telefônicos (-0,35%) e planos de telefonia móvel (-0,99%).

Aumento em todo o país

O IPCA-15 aumentou em todas as regiões pesquisadas, chegando a 0,78% em Recife e Brasília. A menor variação mensal foi em Curitiba (0,11%). Em 12 meses, ou seja de novembro a novembro, o índice varia de 4,36% (Porto Alegre) a 7,64% (Salvador). Já São Paulo o índice ficou em 6,99%. O IPCA e o INPC deste mês de novembro serão divulgados em 9 de dezembro.

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