
Para participar do leilão, de forma virtual, basta acessar o link do museu no instagram: @macsmuseu. Foto: Divulgação
Cerca de 30 obras doadas por importantes nomes das artes vão à leilão virtual e presencial nesta segunda-feira, 19, para arrecadar fundos para a recuperação do prédio do Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba (Macs), fortemente afetado pelas chuvas do começo do mês, e também de obras prejudicadas pelas águas (leia aqui). A ação, que começa a partir das 18h, é uma das formas de mobilização para garantir a reabertura do museu, prevista para ocorrer entre fevereiro e março de 2023.
Também na segunda-feira, começa a primeira fase das obras no prédio. Por conta dos trabalhos, todo o acervo foi transferido para um espaço em um centro empresarial, doado pelo empresário João Abreu, mesmo local que receberá o leilão, e que fica na avenida Ireno da Silva Venâncio, 199, em Votorantim.
Já para participar do leilão, de forma virtual, basta acessar o link do instagram: @macsmuseu. Os interessados podem solicitar o catálogo com as obras e valores para já realizarem seus lances via Whatsapp do Macs: (15) 99157-4522.
As obras que serão leiloadas foram doadas pelos artistas João Cazzaniga, Manoel Veiga, Renata Egreja, Monica Piloni, Elizabeth Dorazio, Thomas Schönauer, Sergio Roberg, Erica Kaminishi, Dila Oliveira Galeria e a editora de gravuras Papel Assinado, que doou diversas obras de vários artistas. O preço para a aquisição das peças devem variar entre R$ 1 mil a R$ 80 mil. As obras leiloadas não fazem parte do acervo do museu e foram doadas para este fim.
Até o momento, não foi avaliado o montante necessário para a reconstrução total, contou a presidente da instituição, Sílvia Stecca. No entanto, todo o tipo de ajudo é bem-vinda e, de acordo com ela, a sociedade tem se mostrado solidária à recuperação do Macs.
“O museu vive de recursos privados obtidos por meio de patrocinadores físicos e empresas. Nesse momento, infelizmente, precisamos de maior colaboração para consertar o estrago e voltarmos a funcionar como antes. Por essa razão, acreditamos que o melhor formato para dar fluidez à nossa vocação de atender ao povo sorocabano seja a realização do leilão”, afirma Silvia Stecca, e reforça: “É importante que os sorocabanos tomem conhecimento de que as visitas ao museu são gratuitas por existirem patrocinadores constantes do espaço. Mas, nesse momento, o montante disponível não é capaz de solucionar as questões pendentes”, explicou Sílvia.
Situação
Em vídeo divulgado nas redes sociais, a direção do museu mostrou a situação que ficou o prédio após a chuva, justificando, também, a necessidade da urgência das obras e da transferência do acervo, de cerca de 800 itens, entre pinturas, gravuras, esculturas, fotografias e digitais. “Como as paredes internas eram de drywall, elas foram comprometidas com a água e serão todas derrubadas”, adiantou a coordenadora de projetos do Macs, Marta Mota, sobre esse início das obras.
Como contou Marta, para conseguirem cumprir com a previsão de reabertura entre os primeiros meses do ano, precisam de ajuda de todos. “A perspectiva ė conseguirmos arrecadar o total de verba para aplicar nessa recuperação e melhora do espaço, para reabriremos, com todas as necessidades que envolvem a conservação das obras e o conforto para o público”, falou.
O Macs estima levantar com o leilão emergencial o total suficiente para cobrir as despesas de reforma da reserva. Demais valores, relacionados à estrutura do espaço expositivo, serão levantados de outras maneiras. “Não é alegre a maneira como o museu finaliza o ano de 2022. Mas não podemos deixar de avaliar como positivo nosso desempenho ao longo do ano e a nossa união. É a isso que nos apegamos para realizar o leilão, poder terminar a temporada de forma mais leve e voltar o quanto antes”, falou a presidente.
Como ajudar o Macs
Para a retomada mais breve do espaço, além do leilão, a direção iniciou uma campanha de mobilização para que empresas e pessoas físicas interessadas em ajudar financeiramente contribuam por meio da chave PIX: 07.219.739/0001-38. Importante frisar que o Macs não recebe qualquer subsídio municipal ou estadual e sobrevive de leis de incentivo e colaboração de voluntários.