Frei Betto, o frade dominicano que escreveu mais de 60 livros, estará nesta segunda-feira, 5, a partir das 19h, no auditório do Sindicato dos Metalúrgico de Sorocaba e Região (SMetal), para lançar o romance histórico “Tom vermelho do verde”.
Publicado pela editora Rocco, o romance aborda a aliança colonizadora entre militares, grupos religiosos internacionais e empresários para apropriação das terras indígenas, bem como as resistências de indígenas e indigenistas para defender a soberania dos povos originários.
A obra chega ao mercado num momento crítico para os povos originários, os ambientalistas e os órgãos encarregados de defender indígenas e florestas, que ficará marcado para sempre pelo assassinado do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, no Vale do Javari.
Conforme Frei Betto, o romance histórico foi inspirado pelo livro “Massacre”, do padre Silvano Sabatini (1922-2014), em parceria com o jornalista Antonio Carlos Fon, editado em 1998. A exploração capitalista contra os povos originários é retratada pelo aniquilamento do povo waimiri-atroari, que tentavam preservar suas terras, em Roraima, a partir da construção da rodovia BR-174 (Manaus-Boa Vista), na década de 70.
Haverá sessão de autógrafos. A entrada é gratuita e aberta a toda a comunidade. O SMetal fica na rua Julio Hanser, 140, com estacionamento no local.
Frei Betto
Doutor honoris causa em Filosofia pela Universidade de Havana e em Educação pela Universidade José Martí, de Monterrey, Frei Betto é assessor e educador de movimentos populares. Estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia. Foi preso político na ditadura civil militar. É autor de mais de 60 livros, entre eles “Batismo de sangue” e “A mosca azul”. Atuou como assessor especial da Presidência da República e coordenador de Mobilização Social do Programa Fome Zero entre 2003 e 2004.