
Waldemar Iglésias Fernandes foi escritor, folclorista, pesquisador e cinéfilo. Em Sorocaba, atuou no Instituto Histórico Sorocabano, no Gabinete de Leitura e na Biblioteca Infantil Municipal. Foto: divulgação
O Gabinete de Leitura Sorocabano, em mais uma edição do projeto Encontros com o Mito, promove um bate-papo sobre o legado do escritor e pesquisador piracicabano Waldemar Iglésias Fernandes, que residiu por muito tempo em Sorocaba. Os Encontros são gratuitos e acontecem às quintas-feiras, das 14h às 16h. Não há necessidade de inscrição prévia.
Coordenados pelo pesquisador sorocabano, José Rubens Incao, estes eventos abordam diferentes temas ligados à mitologia, artes, literatura, música, entre outros, por meio de conversas informais, acompanhadas de apostilas sobre os temas.
Já foram apresentados a História do Gabinete de Leitura Sorocabano, Vida e Obra de Aluísio de Almeida, O Humor na Obra de Sérgio Porto, As Canções de Dorival Caymmi, A Busca Por Um Tempo da Delicadeza, Chico Buarque, entre outros.
Sobre o escritor
Waldemar Iglésias Fernandes nasceu em 1929, em Piracicaba. Além de escritor, foi folclorista, pesquisador e cinéfilo, tendo iniciado sua carreira na Estrada de Ferro Sorocabana, onde se aposentou. Atuou também no Museu Prudente de Moraes e no Clube Cristóvão Colombo, localizados em sua cidade natal.
Durante o período em que residiu em Sorocaba, o escritor trabalhou no Instituto Histórico Sorocabano, por meio do qual organizou todo o acervo de Aluísio de Almeida, de quem foi um grande amigo. Além disso, atuou no Gabinete de Leitura Sorocabano, na Biblioteca Infantil Municipal, e exerceu a função de consultor no Cinebando Cineclube, mantido pela Biblioteca Municipal.
Waldemar foi autor de muitas obras, sendo elas: “Papéis trocados” (1959), “Algumas estórias populares colhidas em Sorocaba” (1970), “82 estórias populares colhidas em Piracicaba” (1971), “Um velho caderno sul-mineiro” (1972), “Lendas e crendices de Piracicaba e outros estudos” (1975), “52 estórias populares (Sul de São Paulo – Sul de Minas)” (1978), “Cornélio Pires e o conto folclórico” (1987), “Lyson Gaster, a piracicabana que o Brasil aplaudiu e nunca esqueceu” (1978), “Estórias populares de São Paulo” (1994), “Rua do Comércio” (1990) e “8 dias em Havana” (1997).
O autor faleceu no dia 22 de abril de 1998. Todo seu acervo em livros e manuscritos foi doado pela família de Waldemar à Biblioteca Infantil de Sorocaba e encontra-se à disposição para pesquisa.